Texto: Cl.1.9-14
9. Por esta razão, nós também,
desde o dia em que ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais
cheios do pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento
espiritual;
10. para que possais andar de
maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra,
e crescendo no conhecimento de Deus,
11. corroborados com toda a
fortaleza, segundo o poder da sua glória, para toda a perseverança e
longanimidade com gozo;
12. dando graças ao Pai que vos
fez idôneos para participar da herança dos santos na luz,
13. e que nos tirou do poder das
trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado;
14. em quem temos a redenção, a
saber, a remissão dos pecados;
Já se perguntou
qual o propósito da Igreja hoje? Qual é o foco dado em seus ensinamentos? Quais
os princípios que são observados e quais estão sendo ignorados? Onde
encontramos a base Bíblica para a "Igreja" de hoje? Na carta à igreja
de Colosso, Paulo ora e pede a Deus que dê algo a esta igreja, e a maioria do
que é mencionado aqui parece não estar presente no que vemos e aprendemos hoje.
Primeiramente, ele
pede por um pleno conhecimento, sabedoria e entendimento. Estas não estão
relacionadas com algo terreno, algo com o qual possamos nos comparar aos
outros, mas sim por algo que se desenvolve entre nós e Deus, uma relação
prática, que exige de nós um "colocar a mão na massa", ou seja,
aplicar (cf. Tg.1.22) o que aprendemos da Bíblia.
E isso para agrado
de quem? De nós mesmos? Não, isso é para Seu inteiro agrado, para que Deus se
agrade de nós. Não estamos competindo com outros seres humanos, estamos
competindo conosco, para nos tornarmos cada vez mais próximos de Deus.
Frutificando em toda boa obra, ou seja, aplicando nossa fé de forma que ela
externe o que estamos aprendendo e gere frutos para a glória de Deus - isso
gera o conhecimento de Deus.
Interessante que
para isso precisamos de um poder que não é humano, mas que Deus nos dá, tanto
para suportar as provações (cf. Tg.1.2-4) quanto para crescer em longanimidade,
perseverança e alegria, e não em riqueza e conforto nesse mundo. Aqueles que
dizem que devemos ter uma vida calma e tranquila, aproveitando do que o
dinheiro e este mundo pode nos dar, devem achar algum embasamento pois
claramente Paulo fala de outras características que Deus almeja em nós.
E ainda mais,
Paulo deseja que sejamos sempre gratos. A ênfase aqui é que não importa a
situação, pois Deus cancelou o veredito que estava sobre nós, e isso já é
motivo suficiente para sermos sempre gratos. Através de Cristo, Deus nos tirou
o peso do passado, nos acompanha no presente, e mudou nosso futuro. Éramos tal
qual escravos da escuridão e passamos a ser coerdeiros da Luz, que grande
transformação! Que grande motivo de gratidão!
Notemos que não há
mais o fardo de pecado que carregávamos no passado. Hoje temos o pagamento do
resgate, a remoção da maldição da Lei e a libertação da escravidão oferecida
por Cristo. Será que precisamos mais do que isso? Será que o mundo pode de
alguma forma nos prover essa alegria indizível?
Cuidado com o que
tem sido anunciado, sejamos como os irmãos de Beréia que receberam a palavra e
foram confirmar nas Escrituras.
Por Davi Bernhard.