domingo, 30 de outubro de 2011

POR UMA NOVA REFORMA


Mais um 31 de outubro chegou! Não se preocupem, queridos leitores, não vou aqui comemorar o tão comentado dia das bruxas... Na verdade, 31 de outubro comemora-se o aniversário da Reforma Protestante! Não tem como quem gosta de ter sua Bíblia em mãos para lê-la e estudá-la não ficar feliz com essa data. Lutero, naquela data, foi contra todos e revolucionou...

Fato é que a reforma não teve só coisas boas, porque muita gente não entendeu o real significado das mudanças. Mas não quero entrar nesse mérito. O que quero tratar com você, amigo, é sobre uma nova reforma.

Não gostaria de estar escrevendo isso, mas está difícil vermos protestantes nos dias atuais. Você deve estar me perguntando: “Ué Luiz, mas em todo canto tem uma igreja evangélica... como você não vê protestantes?” Eis aí o problema: igrejas espalhadas por todo o Brasil, quase uma em cada esquina, mas muitas sem a Cruz. Virou moda dizer-se evangélico. Ora mais, o público tem aumentado. É um importante grupo social e excelente mercado consumidor. Os evangélicos estão se perdendo na religião...

Tenho até medo de dizer que sou evangélico às vezes... As pessoas podem me estigmatizar como um fanático, como um tolo que dá dinheiro pro pastor enriquecer, como uma pessoa que quer resolver seus problemas terrenos... são tantos estigmas que esse nome traz que não vale a pena cansar a leitura dos senhores...

Negociando com Deus, louvando o próprio ego, pisando na Cruz de Cristo, teologia da prosperidade, restituição, salvação por mérito próprio, cópia do mundo... Analisando a igreja “evangélica” atual só podemos concluir que está bem longe de Cristo, sem o foco na Bíblia e que precisa de uma Reforma urgentemente!

Não se preocupe que não vou dizer que vou abrir uma igreja perfeita, mais uma denominação... Sinceramente, acredito que isso não funciona. As igrejas, no sentido institucional da palavra, são compostas por homens, falhos e fadados ao erro. Não haverá nunca uma igreja perfeita.

A reforma deve acontecer dentro de cada igreja, no sentido que Cristo falou para nós. Igreja é gente, e não lugar. A igreja somos eu e você. A reforma deve acontecer dentro de nós. Um verdadeiro arrependimento. Uma verdadeira conversão. Um verdadeiro amor por Cristo. Um verdadeiro reconhecimento do mérito único de Cristo que nos dá a salvação. Um verdadeiro reconhecimento que a cruz foi suficiente. Um verdadeiro reconhecimento que Deus não nos deve nada. Por sua graça, Ele nos enche de amor e presentes todos os dias, sem nenhum mérito nosso.

Precisamos valorizar a Bíblia, como Palavra de Deus, viva e eficaz, mais atual do que nunca. Precisamos fechar nossos olhos para o material e contemplarmos o espiritual. Tirar os olhos das coisas terrenas e focar no céu. Pensar nas coisas de cima. Viver esperando a Glória. Andar aqui na terra como verdadeiros filhos de Deus, falando, agindo, pensando, tocando como se fosse o próprio Jesus.

Você realmente acha que o mundo não deseja isso? Você realmente acha que Deus nos fez para focarmos em nós? Você acredita que a religião é a solução? Se suas respostas forem sim, te encorajo a rever seus conceitos à luz da Bíblia.

A reforma deve acontecer urgentemente, em cada coração, para que o mundo possa ter a resposta de Deus através de bons exemplos, através de verdadeiros cristãos. Na verdade, se seguirmos de perto a Cristo, como está em sua palavra, seremos verdadeiros cristãos.

O mérito é dEle!
O pecado era nosso!
O castigo era meu e seu!
A cruz foi dEle!
A vida vem dEle!
A salvação só vem por Ele!
A Bíblia é a verdade!

Reforme sua mente! Seja um verdadeiro CRISTÃO!

“Não vos conformeis com esse mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que possais experimentar qual seja a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.” (Rm 12.2)

Por Luiz Pereira

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

REFLEXÕES DO 12 DE OUTUBRO


Estamos no dia 12 de outubro, e nesses últimos dias, não consegui deixar de pensar nele. Não nas crianças que representam este simbólico dia, mas sim naqueles que, na Terra, são responsáveis por estes pequeninos. Pequeninos estes que, num futuro próximo, terão os seus próprios rebentos, para os quais deverão dispor proteção, amor e instrução espiritual. Sendo fortemente, reprodutores dos exemplos que angariaram durante suas criações.

O motivo inicial, que deflagrou este pensamento, ocorreu-me faz uns dois anos, quando descobri, no decorrer de algumas situações nas quais me desviei da presença DEUS, que eu não poderia gerar filhos.

Creio que seja impossível dizer, neste tipo de situação, que não fiquei chocado. Admito que, antes desse dia, não havia pensado de forma tão focada em minha descendência.  Mas, naquele instante, algo que antes poderia acontecer em questão de tempo, agora aconteceria somente por questão de milagre.

Confesso que nessa época, estava cometendo julgo desigual... E isto me incitou a pensar na família que este tipo de união poderia resultar. Era óbvio (e indiscutível), que não seria boa... Tinha a consciência do erro que estava cometendo, e que era questão de tempo que este relacionamento chegasse ao fim, dada a divergência ideológica que existia. Pela graça de DEUS, realmente não tardou acontecer e ocorreu sem outros deslizes mais fortes; e pela sua misericórdia, tive a oportunidade de deleitar-me novamente em suas veredas, caminho pelo qual não deveria ter-me desviado.

Durante o processo de análise dessa experiência, filosofei um bocado sobre uma problemática que permeia o mundo no qual vivemos: o amor e a suas facetas (incluindo a sua falta e a sua presença)... É indiscutível (e triste) perceber o quão desenvolvido (ou atrofiado) é esse assunto.

Num mundo onde não é difícil ouvir entremeados aos fatos relatados nos noticiários que um (a) filho (a) executa os pais; que jovens enveredam-se nos caminhos do tráfico e da prostituição; que pessoas, sem quaisquer razões específicas, executam outro ser humano por motivos irrisórios. Tudo isso, fez-me pensar na qualidade e eficiência do amor que os pais dão aos seus filhos. Conforme disse anteriormente, futuros reprodutores dos atos de seus progenitores... De que uma boa parcela desses acontecimentos estaria atrelada ao fato da incapacidade de uma busca conjunta, dentro de cada lar, pela presença de DEUS.

Quando digo conjunta, refiro-me ao casal; aos pais que devem trazer para dentro de sua casa a fonte da água da vida; a aqueles que devem encher a sua aljava de bons testemunhos; a aqueles que devem instruí-los no caminho que devem seguir, conforme Pv 22:6.

Quanto à necessidade de que ambos estejam na presença de DEUS, pode ser representado por um simbolismo simples: imagine que o homem e a mulher sejam, cada um, uma folha de papel, onde será redigida uma mensagem. Sendo que não de forma contínua, e sim alternada, isto é, cada letra desta mensagem seria escrita na folha-homem, depois na folha-mulher, depois na folha-homem e assim sucessivamente... Respeitando, inclusive, os espaços entre as palavras na mensagem original.

Individualmente, a mensagem torna-se difícil de passar se cada folhar estiver sob um idioma diferente daquele do outro... Por isso, para que a mensagem seja realmente compreendida é necessário que estejam sob o mesmo dialeto. Além disso, quando tentamos ler sem a fonte correta não conseguimos absorver aquilo que deveríamos absorver nem da forma na qual deveríamos. Como fonte, podemos entender o emprego de uma luz, afinal, quando colocamos duas folhas contra uma luz, conseguimos ver a superposição de ambos os escritos.

Por isso, quando digo as folhas, refiro-me aos pais; quando digo luz, refiro-me aquela oriunda da palavra de DEUS; quando digo dialeto, refiro-me a convicção de CRISTO É O CAMINHO; quando digo mensagem, refiro-me aquela única que necessitamos exortar aos nossos filhos: DE QUE JESUS CRISTO É O SENHOR, E DE QUE TUDO QUE ACONTECE É PELA SUA GRAÇA E PARA A SUA GLÓRIA! DE QUE NÃO DEVEMOS NOS ENVERGONHAR DELE, POIS QUANDO ISTO OCORRE, SOMOS NÓS QUE O ENVERGONHAMOS. E ISTO É LASTIMÁVEL...

Não quero insinuar que em momento algum da educação dos filhos não surgirão dúvidas atinentes quanto a uma orientação mais eficiente da sua prole.. Surgirão sim, e nesse momento é que se deve buscar o corpo de CRISTO, para colher conselhos que venham a agregar-nos.

Apenas para corroborar tal idéia, existe um dito popular da cultura laica, que pode ser citada aqui: Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chegará mais longe.    

Eu sei que num primeiro momento pode ser meio difícil fazer da maneira certa, afinal admitir que se esteja falhando ou que se possua uma lacuna em seu desenvolvimento é duro de fazer. Mas, mais duro ainda, para você e sua família, é tentar prosseguir sozinho. Por isso, venho admoestá-los a sempre procurar um irmão nos seus momentos de dificuldade, para que nos momentos de dificuldade dele, ele tenha a quem recorrer. Você verá que é reconfortante saber que não se está sozinho (a) e de que você não foi o (a) primeiro (a) a passar por isso.

Pode não parecer, mas nesse momento, durante esse escambo de experiências, ambos estarão crescendo. Mas tal crescimento não será apenas como homens e mulheres, mas como partes integrantes do corpo de CRISTO, Corpo este que devemos nos preocupar. Afinal, não creio, na minha concepção, que seja possível e/ou compreensível que um corpo fique tranquilo quando, por exemplo, tenha-se um dedo gangrenando!

Para evitar isso, devemos trabalhar para que o sangue esteja sempre circulando na noiva de CRISTO. Fortalecendo-a. E num tempo, não muito longe dos dias atuais, nossos filhos estarão fazendo parte deste corpo e, além disso, fazendo-o caminhar nessa sociedade corrompida, representando-O da maneira que deve ser feita.

Outrossim, vale a ressalva de que mesmo que a labuta seja desgastante, a coroa da vida é bela! Que mesmo que o caminho até a beirada do lago seja doloroso, a verdadeira benção está em chegar ao meio do lago... Indo sobre as águas. Mas, lembrando que conseguiremos este último apenas mediante a fé em DEUS!

Mas quero que não desanime e nem esmoreça, meu irmão. Acredite, quando você precisar, terá um de nós ao seu lado para lhe oferecer um ombro amigo e conselho sábio... Como em alguns lugares do mundo, essa espontaneidade pública não é assim tão permitida, aconselho-te a aproveitar essa chance ímpar...

E apenas para findar, gostaria de deixar-lhe uma frase, de autoria de Charles R. Swindoll, que me direcionou no momento da descoberta da minha esterilidade: Eu tento, eu falho. Eu confio, o Senhor traz resultados!

Infelizmente, não posso dizer que hoje possuo um filho em meus braços, o que talvez fosse o final mais literário e perfeito possível para esse texto. Mas posso dizer que felizmente isso é questão de tempo. Apenas aguardo o encontro com aquela com a qual desenvolverei um relacionamento trino com DEUS (eu, minha amada e meu SENHOR) e com a qual concretizarei a promessa que recebi uns seis meses após a notícia fatídica: QUE PELA SUA GRAÇA E PARA A SUA GLÓRIA SERIA PAI!

Sinceramente, espero ter-lhes acrescido algo espiritualmente, e principalmente engrandecido O NOME DAQUELE QUE REALMENTE MERECE. Uma boa semana a todos e que a paz de JESUS CRISTO esteja em seus corações.

Inspirado por DEUS,
Auxiliado pelos diálogos com conselheiros enviados por ELE,
E redigido por Lucas Gonçalves Machado.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

LÓGICA CRISTÃ


Há, na matemática, uma parte que estuda a lógica. São teoremas e mais teoremas que enchem a cabeça dos estudantes com condições... é tanto Se algo, então algo, ou Se, e somente se tal coisa acontecer... Quem já estudou isso sabe como dá um nó no juízo.

Queria lhe mostrar, caro leitor, que no cristianismo também tem lógica. Não quero abordar toda a lógica de nossa fé, mas apenas uma pequena parte que se encontra em Hebreus 3. O autor do livro vem posicionando Cristo como superior a Moisés. Moisés era apenas um servo de Cristo, que faria um trabalho muito mais excelente que o de Moisés. O irmão de Arão havia libertado o povo de Israel da escravidão do Egito enquanto que Cristo veio para libertar a humanidade do pecado.

Cristo habita em nós. Quando o aceitamos, o recebemos como Senhor e Salvador, tornamo-nos sua casa. No entanto, a salvação está condicionada. É como uma condição para o teorema poder ser aplicado: “Se tão-somente conservarmos firme a confiança e a glória da esperança ATÉ O FIM.” (v. 6).

Esse é só o começo das condições: no verso 7, o autor relembra o ocorrido com o povo no deserto, que não quis ouvir a voz do Senhor e não entrou na terra prometida. E hoje o Espírito Santo está sempre nos chamando e nos conduzindo a estarmos firmes. “Se hoje ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais o vosso coração.” (v. 7,8). Não podemos nos colocar obstinadamente contra Deus. Nosso coração muitas vezes está duro ao que Deus quer nos ensinar. Quando a Palavra, mais penetrante que espada de dois gumes, nos mostra algo que exige decisão e mudança, endurecemos o coração. Te encorajo hoje a amolecer seu coração! Não endureça seu coração! Ouça o Espírito de Deus e o atenda! Ele quer nos levar a níveis mais profundos de relacionamento com Deus.

Salvação exige fé. Ter fé é agir contra o visível. Muitas pessoas consideram loucura, mas é fé. Para sermos salvos, devemos mantermo-nos firmes na fé, na esperança. O autor continua nos advertindo a estarmos perto de Deus:

“Vede, irmãos, que nunca haja em vós um coração mau e infiel para se apartar do Deus vivo. Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.” (v. 12,13)

Devemos suportar outros irmãos em fé, para que ninguém se afaste de Deus. É algo constante (observe bem TODOS OS DIAS e O TEMPO QUE SE CHAMA HOJE). O Senhor não quer que ninguém se perca, se distancie. Então, não fique distante nem deixe ninguém perto de você ficar com coração duro para Deus.

O pecado tenta nos sugar pra longe, no caminho oposto ao de Deus, deixando nosso coração frio, nossa fé fraca, mas Deus nos deu sua Palavra para nos avivar e seu Espírito para nos animar o coração e ainda colocou irmãos de carne para nos exortar a continuarmos caminhando com Ele!

Caro leitor, que estejamos firmes, sem coração endurecido, para não perdemos a nossa terra prometida, a Nova Jerusalém! Que fiquemos firmes até o fim!

“Porque nos tornamos participantes de Cristo, se retivermos firmemente o princípio da nossa confiança até o fim.” (Hb 3.14)

SE permanecemos em Cristo, ENTÃO seremos salvos por Ele!

Por Luiz Pereira.