João,
em sua primeira epístola, nos lembra: “Vede quão grande amor Deus derramou em
nossos corações, ao ponto de sermos chamados seus filhos” (3.1). Reconhecer a
paternidade de Deus para conosco é algo maravilhoso. Ele, como Pai amoroso,
enviou Seu Filho primogênito, Jesus, o Cristo, para morrer e dar à vida a
muitos outros filhos, que somos nós. Realmente é um grande amor.
Entretanto,
há alguns filhos que fazem como o irmão mais velho do filho pródigo. Ambos
receberam a mesma criação, o mesmo amor do Pai, mas o mais velho envaideceu-se
por nunca ter saído da casa do Pai, sempre ter servido em sua casa, e não se
alegrou com o retorno do seu irmão mais novo. Foi uma atitude egoísta, puro
farisaísmo. Utilizava sua justiça para julgar seu irmão e não concordava deste
ganhar uma festa de retorno, enquanto a justiça correta era a de seu Pai, que
lançou no mar do esquecimento os pecados do filho mais novo.
Quantas
vezes, amados, somos iguais a este filho. Não sabemos nos alegrar com o retorno
de um filho querido ao Lar de Deus, e começamos a julgar, lançando em rosto
erros do passado cometidas pelo pródigo e gabando-nos de nossas boas ações.
A
resposta do Pai foi contra essa revolta de seu filho. “Tu sempre estás comigo.
Tudo que tenho é teu.” Quantas vezes, mesmo com muitos anos de convertidos,
vivemos sem gozar de toda a vida abundante que Deus nos dá. Estamos em igrejas,
mas longes do lar. Nosso coração não está centrado em nosso Pai. Isso nos
atrapalha e levamos a um egoísmo quando vemos filhos “mais novos” gozando de
tudo que o Pai tem para dar.
O Pai
quer que vivamos a vida plena que Ele conquistou na cruz para nós, pagando
nosso preço e fazendo-nos, todos, seus filhos. Não há acepção. Todos somos filhos. Não há filhos favoritos. Somos
filhos. Que recebamos bem os pródigos e vivamos a vida que o Senhor
tem para nós, livres de todo egoísmo e falta de perdão. A nós pertence toda a
vida abundante: basta escolhermos vivê-la, como irmãos, todos filhos de um Pai
tão amoroso.
Por Luiz Pereira