segunda-feira, 30 de maio de 2011

HISTÓRIA DO EVANGELHO NO CEARÁ

Confira no vídeo abaixo um pouco da história do Evangelho no Estado do Ceará. Este é um trabalho que o Pb. Carlos Castro está desenvolvendo e em breve estará no livro "Fragmentos da história do Evangelho no Ceará".

Somos fruto de um trabalho lindo que Deus iniciou no passado. Que estejamos dispostos a fazer história também, para que sejamos lembrados como uma geração que fazia a diferença.

Que Deus te abençoe!

Luiz Pereira


quinta-feira, 26 de maio de 2011

ARREPENDIMENTO: PARA ÉFESO E PARA NÓS


Você está apaixonado? Não me refiro àquele amor de adolescentes namorados logo que iniciam o relacionamento. Você está apaixonado pelo Senhor? Você pode até achar errado eu usar o termo apaixonado. Paixão é algo que parece tão passageiro. Entretanto, pelo Senhor, nós devemos estar apaixonados sempre. Paixão é aquele entusiasmo de amor. Muitos se deixam levar por ela e se dão mal, mas somos chamados a ser apaixonados pelo Senhor.

Éfeso era uma cidade muito rica na época em que o apóstolo João recebeu as revelações do Apocalipse. A cidade possuía o templo da deusa Diana e por isso havia muito pecado, principalmente de imoralidade sexual. Entretanto, a igreja de Éfeso conseguiu ficar longe do pecado e distinguir bem entre os verdadeiros apóstolos. Era uma igreja que trabalhava para o Senhor sem se cansar. Estava sempre ocupada fazendo algo pra Deus. Mas ‘o que possui os sete castiçais’, o Senhor Jesus, que conhecia aquela igreja, tinha uma queixa contra aquele povo: eles haviam abandonado o primeiro amor.

Deixar o primeiro amor é se desentusiasmar. Aquele alvoroço de novo convertido, aquela vontade de fazer algo para Deus, aquele ardor... aquilo era passado. Eles haviam caído, e se distanciado. Faziam coisas para Deus mas haviam perdido a essência, que é o amor. Se não basearmos tudo que fazemos no amor, que é derramado pelo próprio Deus em nossos corações, de nada adianta. Devemos estar loucos de amor pelo Senhor, verdadeiramente apaixonados todos os dias o dia todo.

Mas isso é difícil. Acomodamo-nos em ir à igreja, em participar de um grupo evangélico, em ajudar num ministério – tudo parece muito bem. No começo tínhamos entusiasmo sem conhecimento, e hoje, conhecemos muito a Bíblia, fazemos muito para o Senhor, mas sem entusiasmo. Parece que não sentimos falta da alegria da Salvação, como o salmista pede ao Senhor logo após ter pecado. “Restaura-me a alegria da tua salvação” (Sl 51.12). Nem sabemos mais o que é essa alegria. Estamos muito ocupados.

As palavras à igreja de Éfeso nos alcançam hoje. O verso 5 do capítulo 2 de Apocalipse nos diz o que fazer quando estamos longe: “Lembra-te, pois, de onde caíste, e ARREPENDE-TE, e praticas as primeiras obras”. Arrependimento... essa palavra é forte, mas devemos vivê-la. É difícil, mas devemos nos arrepender. É o próprio Senhor que nos leva ao arrependimento.

Se a igreja de Éfeso não se arrepende-se o Senhor tiraria o castiçal de lá. E o mesmo acontecerá se não voltarmos à essência: não brilharemos a luz de Cristo. Seremos meros religiosos, um bando de fanáticos, que não fazem a diferença no mundo. Não desejemos isso, amados. Que estejamos dispostos a analisar onde erramos, onde abandonamos o primeiro amor – talvez em coisas tão simples, mas que necessitam ser reparadas.

É muito ruim quando um relacionamento acontece sem paixão, ainda mais quando esse relacionamento é com o Senhor, que se entregou sem reservas para restaurar a comunhão do homem com Deus. Devemos querer nos arrepender todos os dias. Que estejamos apaixonados pelo Senhor sempre. Com 1 dia de convertido ou com 30 anos. Deve ser algo constante. Seja um eterno apaixonado! Arrependa-se!

Leva-nos, Senhor, de volta ao primeiro amor!

Por Luiz Pereira

QUERO ME APAIXONAR
Diante do Trono

Tenho saudades, saudades de ti
Minha vontade é voltar atrás onde caí
E recomeçar tudo de novo e nunca mais deixar
Meu coração se esfriar
Te quero, preciso do teu calor

Quero me apaixonar por ti outra vez
Quero me entregar a ti mais e mais, Senhor
Leva-me de volta ao meu primeiro amor

Eu me arrependo, Senhor.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

(IN)GRATIDÃO


Talvez a minha vó tenha sido a pessoa mais grata que eu já conheci e que ainda vou conhecer. Era incrível: cada dia de sua vida ela estava agradecida. Talvez com dor, sofrendo algo, mas ela estava sempre grata. Se alguém lhe desse água, lhe disesse palavra boa, lhe mostrasse um sorrisso... isso era suficiente para minha vó ficar grata à pessoa, procurando retribuir essas boas ações.

Infelizmente, gratidão é algo que o mundo hoje pouco tem. É tão triste quando não estamos gratos com o que temos. É tão ruim quando nos achamos tão coitados na condição financeira que estamos ou mesmo no casamento que estamos, para citar poucos exemplos. As pessoas sempre desejam mais, e nunca estão satisfeitas. Sempre há um defeito. É difícil abrir a boca para dizer “Obrigado”. As pessoas esquecem de ações que alguém realizou em favor delas às vezes por algo tão bobo, e vão se enchendo de amargura e sequidão. O murmúrio torna-se comum e a tristeza chega – são corações ingratos.

Não é isso que o Senhor nos recomenda. Ele nos diz para sermos gratos em qualquer circunstância, pois essa é a vontade dEle para nossas vidas. Queremos tanto, mas agradecemos pouco. Mas devemos dar graças a Deus por tudo. Tudo veio dEle. Nada nos pertence. Veio dEle de presente a nós. Não entendemos às vezes porque estamos em tal situação, mas devemos ser gratos. Mesmo de olhos vendados, movidos por fé, devemos ter um coração agradecido.

Devemos também agradecer às pessoas que agem com bondade para conosco. Devemos deixar nossa individualidade e perceber que há pessoas que se importam conosco e que fazem de tudo para nos ver felizes. Talvez em sua vida haja poucas pessoas assim, mas seja grato pelas que há. Abra sua boca para dizer obrigado por menor ação de bondade demonstrada. É bom ser agradecido. Agradeça mais!

Seja grato ao Pai pela sua morte e ressurreição!
Seja grato pelo emprego que Ele te deu ou pelo desemprego que você está vivendo!
Seja grato pelo seu chefe, mesmo que ele seja tão chato!
Seja grato pela sua família, bênção de Deus em sua vida!
Seja grato pelos seus amigos, sempre presentes – para rir e para chorar!
Seja grato por que você pode se dizer cristão – há pessoas que morrem por isso!
Seja grato por que você tem acesso à Bíblia – quantos sonham com uma!
Seja grato pela comida que você come – muita gente morre de fome!
Seja grato pelo ar que você respira – a vida é um dom de Deus!

Que sejamos mais gratos, a Deus e ao próximo. Dá-nos, Senhor, um coração mais grato a ti!

Por Luiz Pereira

domingo, 15 de maio de 2011

NEGANDO OUVIR A DEUS


Quantas vezes queremos colocar Deus a parte de nossos planos. Pensamos até em não incomodar o Altíssimo… ‘Ele deve ter algo mais urgente e mais importante para se preocupar’. E vamos tomando ações que não estão na direção dEle. São caminhos muitas vezes que nos levam pra longe dEle e que nos põem na condição de filhos rebeldes, que não se importam com os conselhos do Pai.

Ontem debati sobre os conselhos dos pais com uns colegas de classe. Alguns, que não criam na Bíblia, imediatamente ridicularizaram o que seus pais falavam. Outros, mesmo crendo e tendo noção do princípio bíblico, preferiam seguir em suas próprias forças e quebrar a cara um pouco mais a frente.

É triste como muitas vezes fazemos igual a esses filhos, mas em relação a nosso Pai celestial. Imitamos a atitude do rei Acaz, nos tempos de Isaías. O profeta narra que o Senhor ordenou a Ele que pedisse um sinal (Isaías 7), mas este não quis, pois não queria aportunar o Senhor. Não que ele quisesse deixar Deus em paz: ele queria deixar o Senhor a parte do que ele iria fazer. Sem pedir a direção de Deus, Acaz preferiu pedir ajuda à Assíria, e levou o povo a uma grande ruína. Quantas vezes confiamos mais em coisas palpáveis do que no que Deus está falando.

Que não façamos como Acaz. Se queremos realmente viver para Deus, temos que honrá-lo como Pai, pois somos seus filhos amados. O honramos como Pai quando queremos fazer aquilo que Ele aprova, aquilo que agrada o coração dEle. Pode ser diferente do nosso. Pode ser que nos exija mais fé. Pode ser que seja mais doloroso. Mas será bem melhor. Quando escolhemos viver inteiramente para o Senhor, experimentamos em nossas vidas a sua boa, perfeita e agradável vontade.

Para basear nossas decisões, para que não nos percamos no caminho e para que não esqueçamos do que o Senhor acha, devemos nortear nossas vidas com a Palavra de Deus. Quando não fazemos isso e quebramos a cara podemos até pensar que Deus não está vendo, e esquecemos da vontade permissiva de Deus. Ele permitiu que nós escolhêssemos. Nos deu oportunidade para seguir sua orientação ou não. Se erramos e esquecemos dEle, teremos que amargamente viver as consequências de nossas escolhas erradas, assim como Israel teve que se submeter à Assíria.

Que nosso norte seja a cruz, que nossa bússola seja a Bíblia e que nossos ouvidos estejam atentos à voz do Senhor.

Por Luiz Pereira

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O RIO E O COMODISMO


A visão que Deus dá a Ezequiel, narrada no capítulo 47, é algo bem confrontador para nós. Já tantos pregadores basearam suas mensagens e estudos nesse texto, mas não é por isso que não podemos extrair mais dessa passagem.

O profeta é levado à beira de um rio e em seguida é posto em várias partes do rio. Primeiro, as águas tocam-lhe apenas os tornozelos, depois, os joelhos, os lombos e por fim ele já não podia ficar no rio senão nadando: eram muitas águas. Quando aceitamos a Jesus, como diz a Sua palavra, rios de águas vivas fluem do nosso interior. Jesus é a fonte de vida, é a fonte dessas águas vivas. Começamos a experimentar o rio de Deus em nossas vidas, o rio de vida, o rio de cura.

Entretanto, podemos ficar acomodados no nosso nível de avanço no rio. Talvez seja confortável estar apenas com os tornozelos molhados. Talvez seja mais fácil apenas receber o que Deus deu às outras pessoas, ouvir uma pregação, assistir um vídeo edificante, ler um post. É mais cômodo, convenhamos. Quem sabe avançamos mais um pouco, ficamos com a água nos joelhos. E lá estamos, tranquilos, indo à igreja, participando de campanhas, dizimando. Tudo está muito bem nesse nível. Se avançarmos um pouco mais talvez não tenhamos mais o controle... ou não... água nos lombos ainda nos deixa cômodos e confortáveis. Um ‘boa noite’ para o Senhor, um agradecimento, um ritual... não queremos perder o controle, ainda que as canções do meio gospel sejam de entrega total, de rendição ao Senhor, cantamos de boca para fora.

O Senhor deseja falar. É óbvio isso. Até o mais cético concordará comigo. Entretanto, porque não ouvimos Sua voz? Será que a mão dele está encolhida, contrariando o que diz Isaías? Acredito que não. A culpa está em nós não pararmos com Ele. O erro está em ficarmos acomodados com o nosso relacionamento com Ele. Do jeito que está está bom. E perdemos a oportunidade de verdadeiramente mergulhar no rio de Deus, de nos perdermos em suas águas purificadoras. Perdemos a oportunidade de experimentar o infinito de Deus. Deus tem mais. Mais graça, mais misericórdia, mais poder, mais unção, mais fé, mais, mais, mais... Ele não quer guardar para si. Ele quer nos dar. Mas há um preço a ser pago para que experimentemos dEle. Há a renúncia de momentos de sono para estar em oração. Há a renúncia de um momento de diversão ou até mesmo de estudo por um tempo a sós com Ele. É necessário renúncia quando estamos nadando no Rio de Deus.

Mas essa renúncia vale a pena. Vale a pena ser levado pelo Rio de Deus. Vale a pena um momento a mais de oração. Só por Deus, não por bênçãos... só por Deus. O único interesse é Deus, simplesmente. Quando o Rio flui em nós, quando estamos nadando nesse Rio, vida transborda de nós e alcança até o que está morto.

Temos a opção de vivermos mediocremente, num cristianismo ralo, pura religiosidade, ou vivermos para Deus, experimentando da Sua plenitude. Vivendo em Deus. Nadando no Rio de Deus e transbordando vida. O que vamos escolher?

Mergulhe e aprecie sem moderação o Rio de Deus!

Por Luiz Pereira

terça-feira, 3 de maio de 2011

OS DOIS JUÍZES

A parábola da viúva persistente não é daquelas muito famosas. Está escrita no evangelho de Lucas 18.1-9, e em apenas poucos versículos, nos transmite uma importante mensagem.

Conta acerca de uma viúva que implorava a um juiz iniquo para que ele resolvesse sua causa, para que lhe desse a vitória sobre seu adversário. O juiz, entretanto, que não tinha nenhum temor a Deus nem respeitava os homens. Implorou tanto, persistiu em pedir que este, já ‘de saco cheio’ dessa mulher, já cansado de ela tanto lhe importunar, atendeu o pedido dela.

Esse juiz realmente não temia ao Senhor, como a própria Palavra declara, e mesmo assim se compadeceu da mulher, mesmo que não por compaixão, mas porque seria melhor para ele. Esse é o primeiro juiz da história.

O segundo juiz é aquele Justo: o nosso Deus. Ele é quem domina sobre o Universo e quem faz a perfeita justiça. É Ele quem há de julgar a humanidade. Cada um comparecerá diante do tribunal dEle. Será uma prestação de contas. Ele é um justo juiz. Assim como Ele é justo, Ele é também amoroso. É o nosso Pai amoroso. Ele sabe quando precisamos de Sua ajuda. Ele nos atende quando clamarmos. Seus ouvidos não estão fechados para a nossa voz. Embora sejamos imediatistas ao extremos e não vejamos o Seu agir mesmo no silêncio, Ele trabalha para que a vontade dEle se cumpra na terra, nas nossas vidas.

Através da oração falamos com o nosso juiz. Amoroso, Ele deseja ouvir nossa voz. Devemos aprender a confiar no Seu amor e no Seu trabalhar. A Palavra fala sobre Daniel, que orou por algo ao Senhor, mas a resposta só chegou 21 dias depois. Uma luta espiritual estava sendo travada para que a resposta fosse entregue.

Se o juiz iníquo soube atender àquela senhora que clamava, quanto mais o nosso justo juiz! Ele nos responderá por Seu amor e por Sua graça. Ele nos dará vitória sobre nosso inimigo. Prevaleceremos com Ele. Prevaleceremos sobre o inimigo que quer nos impedir de vivermos para Ele. Prevaleceremos sobre aquele que não quer que nos relacionemos com Deus. Seremos vitoriosos em oração, confiando na justiça do nosso justo e amoroso juiz.

Por Luiz Pereira