“Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer
como o efetuar, segundo a sua boa vontade.” (Fp 2.13)
Entenda-se por livre-arbítrio a capacidade que o homem tem de
escolher entre o bem e o mal. Adão foi criado e dotado de livre-arbítrio, pois
foi criado perfeitamente reto. O primeiro homem era moralmente perfeito tinha a
capacidade de servir e cumprir a vontade de Deus, embora pudesse cair desse
estado, não havia nada na sua natureza que o impulsionasse a pecar a se afastar
de Deus. Por isso seu pecado foi tão grave, aponto de ser expulso do paraíso.
Comecemos definindo o que é livre-escolha.
Escolher é a capacidade mental que o homem tem de decidir
segundo os seus desejos, conforme o que lhe é agradável. Toda decisão que
tomamos é motivada por um desejo, e os desejos de cada criatura estão de acordo
com sua natureza. O homem caído não tem nada em sua natureza que o leve a ter
prazer em Deus, a desejar comunhão com Ele, a buscar um relacionamento com
Deus, disso concluí-se
que ele nunca tomará uma decisão por Deus, a não ser que o próprio Deus coloque
no seu coração esse desejo. O homem regenerado recebe de Deus uma nova natureza
capaz de desejá-lo, mas o homem caído é escravo do pecado (Jo 8.34) e não pode
escolher bem algum. Espiritualmente falando, isso não tira sua responsabilidade
sobre o pecado, pois suas ações são motivadas por seus desejos e ele escolhe
aquilo que é agradável à sua natureza, o mal que combina com o seu estado
caído.
Quando o homem é regenerado, o Espírito Santo lhe dá a capacidade
de decidir por Deus,
contrariando a sua natureza pecaminosa, não significa que ele não irá mais
pecar, pois sua velha natureza ainda habita nele, mas agora ele tem o “poder”
de lutar contra ela,
e, até ser glorificado, essas duas naturezas estarão em constante conflito no
seu interior.
O poder de livre-escolha do homem, biblicamente não é a mesma coisa que o
livre-arbítrio de Adão já que este podia escolher entre o bem e mal, enquanto
aquele só pode decidir segundo sua natureza que é má. Mas graças a Deus que nos
ama e providenciou para que em seus escolhidos nascesse o desejo de adorá- Lo.
Por Angércio Alexanzito
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