terça-feira, 27 de março de 2012

LIVRE-ARBÍTRIO?



Entenda-se por livre-arbítrio a capacidade que o homem tem de escolher entre o bem e o mal. Adão foi criado e dotado de livre-arbítrio, pois foi criado perfeitamente reto. O primeiro homem era moralmente perfeito tinha a capacidade de servir e cumprir a vontade de Deus, embora pudesse cair desse estado, não havia nada na sua natureza que o impulsionasse a pecar a se afastar de Deus. Por isso seu pecado foi tão grave, aponto de ser expulso do paraíso.

Comecemos definindo o que é livre-escolha.

Escolher é a capacidade mental que o homem tem de decidir segundo os seus desejos, conforme o que lhe é agradável. Toda decisão que tomamos é motivada por um desejo, e os desejos de cada criatura estão de acordo com sua natureza. O homem caído não tem nada em sua natureza que o leve a ter prazer em Deus, a desejar comunhão com Ele, a buscar um relacionamento com Deus, disso concluí-se que ele nunca tomará uma decisão por Deus, a não ser que o próprio Deus coloque no seu coração esse desejo. O homem regenerado recebe de Deus uma nova natureza capaz de desejá-lo, mas o homem caído é escravo do pecado (Jo 8.34) e não pode escolher bem algum. Espiritualmente falando, isso não tira sua responsabilidade sobre o pecado, pois suas ações são motivadas por seus desejos e ele escolhe aquilo que é agradável à sua natureza, o mal que combina com o seu estado caído.

Quando o homem é regenerado, o Espírito Santo lhe dá a capacidade de decidir por Deus, contrariando a sua natureza pecaminosa, não significa que ele não irá mais pecar, pois sua velha natureza ainda habita nele, mas agora ele tem o “poder” de lutar contra ela, e, até ser glorificado, essas duas naturezas estarão em constante conflito no seu interior.

O poder de livre-escolha do homem, biblicamente não é a mesma coisa que o livre-arbítrio de Adão já que este podia escolher entre o bem e mal, enquanto aquele só pode decidir segundo sua natureza que é má. Mas graças a Deus que nos ama e providenciou para que em seus escolhidos nascesse o desejo de adorá- Lo.

Por Angércio Alexanzito

Nenhum comentário:

Postar um comentário