Dia
desses, um fato corriqueiro me trouxe uma grande tristeza. Alguém me falou que
eu não pareço com Cristo em algumas ações que faço. Como doeu ouvir aquelas
palavras. Estamos caminhando aqui nesta terra rumo à perfeição, a ser achados
segundo o coração de Deus, e ouvir aquilo foi um grande “balde de água fria”
pra mim. O inimigo realmente nos tenta de qualquer forma desviar-nos, tirar-nos
do alvo. Mas o Senhor me confrontou (e consolou) com o seguinte texto do livro
de Jeremias:
“Como
o barro na mão do oleiro, assim sois vós nas minhas mãos, ó casa de Israel.”
(Jr 18.6)
Fui
consolado por este texto porque reconheci sua soberania sobre minha vida.
Quantas vezes usamos justiça própria para dizer como está o nosso nível de
relacionamento com Deus, ou para achar que somos aqueles cristãos perfeitos. O
Senhor realmente deseja que alcancemos a perfeição. Mas é um processo. O
imediatismo muitas vezes nos impede de reconhecermos estações em nossas vidas.
O
Senhor estava falando, através de Jeremias, que Ele tinha o domínio sobre
Israel. O oleiro tem domínio sobre o barro, e faz o vaso de acordo com a sua
vontade, preparando-o para o objetivo específico que quer daquele vaso. Se o
vaso está ficando como não lhe agrada, então quebra o vaso, e reinicia, da
argila novamente, até chegar ao produto desejado.
É
difícil reconhecermos quando estamos nas mãos do nosso grande Oleiro. Nossa
vaidade muitas vezes nos impede de ver sua mão tocando, agindo, moldando nosso
ser conforme sua vontade. E muitas vezes brigamos com o nosso fabricante, como
se o barro pudesse fazer algo para impedir o trabalho do oleiro. A lição que
aprendo da casa do oleiro é essa: tudo que passamos aqui faz parte de um
processo de fabricação, com o objetivo de sermos vasos perfeitos, prontos para
toda boa obra (2 Tm 2.21). Quando não estamos [ainda] de acordo com a vontade
do Pai, Ele nos quebra, volta-nos ao pó, mostra sua soberania sobre nós e
reinicia o trabalho, até que estejamos prontos para o que Ele quer fazer
através de nós.
A
caminhada de cada cristão pode-se comparar ao processo de fabricação do vaso. O
oleiro vai tirando as imperfeições do vaso, usando métodos que até podem a priori nos magoar, como o “balde de
água fria” do início do texto, e pode até nos quebrar por completo, mas estamos
certos de que Ele nos refaz, e transforma-nos para que sejamos instrumentos
para honra, vasos para Sua glória. A perfeição nós alcançaremos nAquele dia,
onde encontraremos nosso amado e soberano oleiro, que se alegrará a nos ver,
frutos do seu trabalho, santos e imaculados, vitoriosos com Ele.
“Ele
verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito.” (Is 53.11a)
Que
nós possamos estar nas mãos do oleiro, preparando-nos para cumprirmos todos os
propósitos dEle em nossas vidas aqui na terra. Termino esse post com uns versos
da Ana Paula Valadão:
“Teu
amor me desfaz,
quebra
tudo e faz de novo,
e de
novo teu amor me refaz.”
(Por Luiz Pereira)
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