segunda-feira, 8 de novembro de 2010

MOLDADOS PELO OLEIRO


Dia desses, um fato corriqueiro me trouxe uma grande tristeza. Alguém me falou que eu não pareço com Cristo em algumas ações que faço. Como doeu ouvir aquelas palavras. Estamos caminhando aqui nesta terra rumo à perfeição, a ser achados segundo o coração de Deus, e ouvir aquilo foi um grande “balde de água fria” pra mim. O inimigo realmente nos tenta de qualquer forma desviar-nos, tirar-nos do alvo. Mas o Senhor me confrontou (e consolou) com o seguinte texto do livro de Jeremias:

“Como o barro na mão do oleiro, assim sois vós nas minhas mãos, ó casa de Israel.” 
(Jr 18.6)

Fui consolado por este texto porque reconheci sua soberania sobre minha vida. Quantas vezes usamos justiça própria para dizer como está o nosso nível de relacionamento com Deus, ou para achar que somos aqueles cristãos perfeitos. O Senhor realmente deseja que alcancemos a perfeição. Mas é um processo. O imediatismo muitas vezes nos impede de reconhecermos estações em nossas vidas.
O Senhor estava falando, através de Jeremias, que Ele tinha o domínio sobre Israel. O oleiro tem domínio sobre o barro, e faz o vaso de acordo com a sua vontade, preparando-o para o objetivo específico que quer daquele vaso. Se o vaso está ficando como não lhe agrada, então quebra o vaso, e reinicia, da argila novamente, até chegar ao produto desejado.
É difícil reconhecermos quando estamos nas mãos do nosso grande Oleiro. Nossa vaidade muitas vezes nos impede de ver sua mão tocando, agindo, moldando nosso ser conforme sua vontade. E muitas vezes brigamos com o nosso fabricante, como se o barro pudesse fazer algo para impedir o trabalho do oleiro. A lição que aprendo da casa do oleiro é essa: tudo que passamos aqui faz parte de um processo de fabricação, com o objetivo de sermos vasos perfeitos, prontos para toda boa obra (2 Tm 2.21). Quando não estamos [ainda] de acordo com a vontade do Pai, Ele nos quebra, volta-nos ao pó, mostra sua soberania sobre nós e reinicia o trabalho, até que estejamos prontos para o que Ele quer fazer através de nós.
A caminhada de cada cristão pode-se comparar ao processo de fabricação do vaso. O oleiro vai tirando as imperfeições do vaso, usando métodos que até podem a priori nos magoar, como o “balde de água fria” do início do texto, e pode até nos quebrar por completo, mas estamos certos de que Ele nos refaz, e transforma-nos para que sejamos instrumentos para honra, vasos para Sua glória. A perfeição nós alcançaremos nAquele dia, onde encontraremos nosso amado e soberano oleiro, que se alegrará a nos ver, frutos do seu trabalho, santos e imaculados, vitoriosos com Ele.

“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito.” (Is 53.11a)

Que nós possamos estar nas mãos do oleiro, preparando-nos para cumprirmos todos os propósitos dEle em nossas vidas aqui na terra. Termino esse post com uns versos da Ana Paula Valadão:

“Teu amor me desfaz,
quebra tudo e faz de novo,
e de novo teu amor me refaz.”
(Por Luiz Pereira)

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