quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

MEDITAÇÕES SOBRE AMOR


É sempre bom meditar, não sem sentir o coração apertar e as entranhas se remoerem causando um certo arrepio, na definição exata do que chamamos de AMOR. E sem querer fazer uma descrição teórica, e já conhecida de muitos, não há que se falar aqui nos “tipos” de amor que se tem em relação a tais e tais pessoas. O que causa admiração e, porque não dizer, certo incômodo, é quando se tenta comparar o conceito próprio de amor com o conceito do amor de Deus, que tem algumas de suas características poeticamente descritas por Paulo em uma de suas cartas aos Coríntios.
Não há ali uma sugestão de mensagem a ser postada em um belo cartão de natal. Deus, ao revelar tais verdades a Paulo, não está tentando nos convencer, enquanto lemos, de que Ele nos ama daquela forma e de que se ele não tivesse determinado o registro daquele texto em sua Palavra jamais perceberíamos essa verdade. A descrição feita ali está partindo da prática e, antes mesmo de que a conhecêssemos organizada em versos como está, Deus já manifestava esse amor para conosco, desde sempre. O amor descrito ali é mais que poesia, é atitude, é amor como estilo de vida, amor percebido em ações que se configuram muito mais em perda que em ganho por parte de quem ama. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...
Em I Coríntios 13 está registrado o padrão de amor que Deus espera que manifestemos para com ele e para com o próximo. Amor que é transportado da esfera do sentimento e da emoção e por decisão para a esfera da prática, do viver. Tem-se, ao ler o texto, como que um espelho por onde é possível enxergar como estamos diante do padrão de Deus.
Antes de cantar, escrever ou mesmo falar de amor, é preciso tê-lo como base e motivação das ações. É muito bom dizer para Deus e para pessoas a quem se ama o quanto esse sentimento preenche e inunda o ser. Mas há de haver uma convergência entre o que se fala e o que se faz, e não um paradoxo.
A Bíblia ensina a melhor forma de se demonstrar amor a Deus: através da obediência aos seus mandamentos. E essa obediência será o amor na prática, e o texto de Coríntios se cumpre quando, mesmo com perda, com dor, com silêncio, mantemos firme o compromisso de atender prontamente as ordens do Pai expressas em Sua Palavra. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...
A melhor forma de afirmarmos amor ao nosso próximo é fazendo-lhe o bem, preferindo ser prejudicado, humilhado, ofendido e ultrajado a ter que fazer isso a alguém. Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta...
Apesar de estarmos em época de natal, tempo que os homens escolhem para deixar aflorar os mais puros sentimentos, as mais sinceras manifestações do desejo de que haja paz, sucesso e amor, a realidade dos fatos mostra que há uma certa extinção do amor em nossa sociedade. Amor que não vê o rosto, que não sente o cheiro, que não julga, mas que estende a mão, indistintamente, sem lançar em rosto, sem esperar nada em troca.
Que possamos assumir o papel de verdadeiros cristãos deixando o amor de Deus fluir como uma corrente poderosa e contagiante, que é capaz de reverter situações terríveis e (re)escrever finais felizes para inúmeras histórias de tragédia que conhecemos. É certo que a profecia está se cumprindo e que o amor de muitos tem se esfriado, mas Cristo nos convida a “pegarmos a contra mão” desse sistema, a sairmos do grupo dos muitos e irmos para o grupo dos poucos, a nos espelharmos mais no amor de Deus, aprendendo com Ele e com o que Ele tem feito por nós unicamente por amor.
E que assim o amor, a graça e a misericórdia de Deus possa fluir através de nós e alcançar a todos que nos cercam.
Feliz Natal (com amor)!!!!
(Por Caroline Vieira)

Um comentário:

  1. lindo texto, linda reflexão. aproveito pra desejar a todos um ano novo maravilhoso. pra quem voltou pra casa de férias, espero que tenham encontrado todos bem. recarreguem as baterias para o ano que vem. paz nos corações de todos nós . e mt amor. bj enorme
    teacher ana tereza.

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