Depois de Jesus responder a um líder religioso o
que este deveria fazer para herdar a vida eterna, o líder, tentando se
justificar por não obedecer completamente ao mandamento, lança a pergunta ‘Quem
é o meu próximo?’
Será que também estamos tentando nos justificar,
fazendo-nos de tolos e perguntando também ‘Quem é o nosso próximo?’ Será que
estamos cegos? Nossos olhos estão fechados, perdemos a audição? Não conseguimos
ouvir o clamor? Não conseguimos ver o nosso próximo?
Ele está bem perto de nós. Qualquer um que tenha
alguma necessidade, que precise de amparo, ajuda, saúde ou apenas uma palavra.
Na parábola do bom samaritano, o homem caído havia sido espancado pelos
assaltantes. Sabemos que o inimigo é Ladrão. Veio para matar, roubar e
destruir. E ele tem feito isso muito bem. Muitas pessoas estão cheias de
feridas, caídas na caminhada. Foram espancadas pelo inimigo. Talvez não
visivelmente, aos olhos carnais, mas o ladrão as feriu na alma. Tirou toda a
esperança, roubou os sonhos, a inocência, o sentido da vida.
Essas pessoas estão largadas. São prostitutas,
homossexuais, bêbados, viciados em drogas, ladrões, crianças de rua, idosos
desamparados, colegas de classe, amigos de profissão, ricos ou pobres. Pode ser
também a pessoa que mora perto de você, que aparentemente leva uma vida tão
calma. Pode ser aquele que você julga sadio. Eles estão à margem. Passamos por
eles, e não estamos vendo? Até quando fecharemos nossos olhos? Até quando não
atenderemos ao clamor do mundo? Eles esperam por bons samaritanos, que não
levem em conta as diferenças, mas que olhem com amor, cuidem de suas feridas,
coloquem-nos em seus transportes, leve-os para um lugar de descanso, e se
importem com suas vidas. Deus nos tirou da margem. Jesus é o nosso Bom
Samaritano, nos tirou do reino das trevas e trouxe-nos para o Reino do seu
Amor. Alguém foi usado como bom samaritano e nos conduziu também. E por que nós
queremos nos omitir?
Por Luiz Pereira
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