quarta-feira, 20 de abril de 2011

UM ENCONTRO NO CAMINHO DE EMAÚS


Conta-se na Bíblia a história de dois discípulos de Jesus que saíam de Jerusalém em direção a Emaús logo após um fim de semana conturbado. Jesus, a esperança de muitos, havia sido morto. Seus discípulos estavam preocupados e frustados por tudo que havia ocorrido. Esses dois íam a Emaús não sei porque, pois penso que deveriam ficar no convívio com os irmãos. Na comunhão com os irmãos nos consolamos e aumentamos nossa fé. Mas Deus tinha algo pra fazer com eles naquela viagem… uma conversa com o próprio Jesus.

Seus olhos estavam como fechados, e trataram o Mestre como um peregrino que havia ido a Jerusalém para o sacrifício anual sem ter atentado para os fatos que se desenrolaram na cidade e mudariam pra sempre a história da humanidade. Como descrito por eles, havia morrido Jesus, a esperança de libertação do povo judeu. Os sacerdotes o haviam julgado e crucificaram-no. “Foi naquela tarde em que teve o terremoto e que escureceu as 3 da tarde, você se lembra?” talvez tenha dito um, sobre o horário da morte de Cristo. Os sacerdotes os haviam matado pois esperavam um Messias que libertasse Israel do governo romano. Um grande líder. Não concebiam a ideia de um Messias nascido em uma manjedoura, criado em Nazaré, filho de carpinteiro, que mostrava ensinamentos práticos e cumpria a Ele. É, Jesus é o fim da lei. Nele se cumpriu toda a Lei imposta por Deus através de Moisés.

O viajante mostrou que conhecia as Escrituras e passou a discorrer sobre o Messias em toda a Bíblia. Era necessário que Ele padecesse tudo aquilo para que se cumprissem a Palavra dita pelos profetas. Isaías 53 teria que ‘sair do papel’, e realmente saiu. Cristo cumpriu a Escritura. Levou nossos pecados, morreu por nós – o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele. Aliás, Cristo é o tema central da Bíblia. Tudo converge para Ele. Tudo leva ao plano maravilhoso de Deus para recuperar o relacionamento com o homem. O véu estava rasgado, e a graça de Deus, por Cristo, alcança a humanidade hoje!

Chegaram a Emaús, e o viajante queria passar adiante. ‘ô rapaz, não vá não... fique conosco, que já é tarde’ talvez tenha sido as palavras de um para o andarilho. E este ficou mesmo. Partiu o pão, o deu graças e desapareceu! Eles agora reconheciam que era o Cristo, o Mestre ressureto. ‘Será que eu não reparei nos buracos em suas mãos?’ suposições de falas... Chega disso... vamos à frase mesmo dita por eles: “Será que não ardia em nosso coração quando ele falava sobre as Escrituras?” Ele não sentiram o coração arder com as palavras do Mestre. Que absurdo! Absurdo também é nós não sentirmos nosso coração também arder pelo sacrifício de Cristo. Absurdo quando não lembramos que aquela cruz era pra ser nossa, quando esquecemos que o sangue derramado era para ser o nosso. O castigo era pra ser nosso... era a justiça de Deus pelos nossos pecados. Mas o Filho dEle morreu em nosso lugar.

Será que não arde em nosso coração tudo isso nesses dias que é comemorada a Semana Santa? Ou será que esquecemos o sacrifício de Cristo o ano inteiro e só lembramos nesses dias? Que erro o nosso se assim fazemos! Ele deu o seu melhor para nos trazer de volta à vida. Morreu mas ao terceiro dia ressuscitou. O túmulo está vazio. A cédula de acusação paga. Que todo dia nos lembremos do Grande Sacríficio. Que arda em nossos corações um amor imenso por esse amor. Que estejamos gratos pelos cravos e pela pedra removida. Que nosso coração se encha de amor por Ele, e nos entreguemos completamente, correspondendo a tão grande Amor!

Nos deste teu melhor,
Jesus, Cordeiro de Deus,
Queremos corresponder a este amor,
Recebe nossa entrega, Senhor.

Texto base (Lc 24.13-32)

Por Luiz Pereira

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