terça-feira, 5 de abril de 2011

A TRISTEZA DO LEGALISMO RELIGIOSO


Ir ao templo todos os domingos. Ouvir uma boa música. Sentir-se tocado pela ministração. Receber as bênçãos que o pregador nos endereça em nome de Deus. Dizimar. Participar do círculo de oração. Visitar outras igrejas. Congratular-se com outros irmãos. Todas essas são ações que fazemos “na igreja”. Mas essas ações são as que devemos fazer como Igreja?

A parábola do bom samaritano apresenta a figura de um sacerdote e a de um levita. O sacerdote, conhecedor da lei, não quis compadecer-se do homem quase morto à beira do caminho porque não queria problemas. O levita, assistente da igreja, também passou de largo. Talvez sua curiosidade tenha sido aguçada. Talvez ele tivesse imaginado como os assaltantes maltrataram o viajante. Mas não parou… Seu ministério era cuidar da igreja.

Infelizmente, o legalismo religioso tem dominado muitas de nossas igrejas. Não atribuo isso apenas a líderes que,  muitas  vezes pregando heresias e mais heresias, transformam o templo num bonito  “clube de  bênçãos”,  mas  também  aos crentes em geral. Cada um possui uma Bíblia e conhece os mandamentos. Todos sabem a fórmula de ‘Como herdar a vida eterna’. Dos nossos lábios saem hinos de entrega, renúncia e amor ao Senhor. Mas onde está o amor ao próximo?

Jesus foi enfático ao dizer ‘Ame ao seu próximo como a ti mesmo’. Vivemos no século do esfriamento do amor, como Jesus mesmo falou. Entretanto, como filhos de Deus, como quem anda em Espírito, vivendo a vida plena de Cristo, devemos amar o próximo. Simplesmente amar.

É triste ver a religiosidade e o tradicionalismo dominar muitas igrejas aqui na Terra. Que entendamos o templo como um lugar acolhedor, de transformação para que possamos transformar nossos próximos com Amor. A igreja não é um clube. Seu ministério não é limitado. Que ir ao templo não seja tradição nem diversão. Jesus não nos chamou para engordarmos espiritualmente, sem repartir com os outros. Se servimos verdadeiramente ao Cristo ressureto, devemos nos desapegar do legalismo. Viver como Igreja e amar como Jesus amou.

Por Luiz Pereira

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