Ir ao templo todos os domingos.
Ouvir uma boa música. Sentir-se tocado pela ministração. Receber as bênçãos que
o pregador nos endereça em nome de Deus. Dizimar. Participar do círculo de
oração. Visitar outras igrejas. Congratular-se com outros irmãos. Todas essas
são ações que fazemos “na igreja”. Mas essas ações são as que devemos fazer como
Igreja?
A parábola do bom samaritano
apresenta a figura de um sacerdote e a de um levita. O sacerdote, conhecedor da
lei, não quis compadecer-se do homem quase morto à beira do caminho porque não
queria problemas. O levita, assistente da igreja, também passou de largo.
Talvez sua curiosidade tenha sido aguçada. Talvez ele tivesse imaginado como os
assaltantes maltrataram o viajante. Mas não parou… Seu ministério era cuidar da
igreja.
Infelizmente, o legalismo
religioso tem dominado muitas de nossas igrejas. Não atribuo isso apenas a
líderes que, muitas vezes pregando heresias e mais heresias,
transformam o templo num bonito “clube
de bênçãos”, mas
também aos crentes em geral. Cada
um possui uma Bíblia e conhece os mandamentos. Todos sabem a fórmula de ‘Como
herdar a vida eterna’. Dos nossos lábios saem hinos de entrega, renúncia e amor
ao Senhor. Mas onde está o amor ao próximo?
Jesus foi enfático ao dizer
‘Ame ao seu próximo como a ti mesmo’. Vivemos no século do esfriamento do amor,
como Jesus mesmo falou. Entretanto, como filhos de Deus, como quem anda em
Espírito, vivendo a vida plena de Cristo, devemos amar o próximo. Simplesmente
amar.
É triste ver a religiosidade e
o tradicionalismo dominar muitas igrejas aqui na Terra. Que entendamos o templo
como um lugar acolhedor, de transformação para que possamos transformar nossos
próximos com Amor. A igreja não é um clube. Seu ministério não é limitado. Que
ir ao templo não seja tradição nem diversão. Jesus não nos chamou para
engordarmos espiritualmente, sem repartir com os outros. Se servimos
verdadeiramente ao Cristo ressureto, devemos nos desapegar do legalismo. Viver
como Igreja e amar como Jesus amou.
Por Luiz Pereira
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