quarta-feira, 13 de abril de 2011

TRAZENDO "QUASE MORTOS" DE VOLTA À VIDA


Como encontrar tempo para servir ao outro nessa vida tão corrida? Em quem podemos confiar? O mundo hoje é muito perigoso! Como eu sei se a pessoa está falando a verdade? Quem sabe se as intenções dela são boas ou más?

Vivemos em uma época em que as ocupações diárias e a falta de tempo moldam as nossas atitudes. Vivemos apressados, assustados, inseguros e preocupados. Isso faz com que nossa essência se perca, deixamos de lado a prática e vivemos agarrados com a teoria.  Esquecemos ou, quem sabe, não compreendemos o que dizem as Escrituras. Agimos semelhantes a certo doutor da lei citado em Lucas 10:25-37, que sabia mecanicamente o que estava escrito na lei, mas não compreendia o que a lei queria dizer. A pergunta que ele faz a Jesus pode nos levar a pensar que aquele homem vivia tanto de “decorar” a lei, mas no seu coração ela não estava.

“Quem é o meu próximo? (v.29)”. Quantos de nós já fizemos essa pergunta? Eu devo amar aquele homem imundo, bêbado, drogado, aquela homossexual que passa por mim todos os dias e finjo nem ver? Sim, e devemos amar como a nós mesmos! (v.27). Eles podem estar em estado repugnante, sujos, feridos, quase mortos, mas devemos lembrar que a diferença entre estar ”quase morto” e estar vivo pode ser somente um Bom Samaritano!

Jesus conta que um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando foi assaltado, ferido e deixado no meio do caminho para morrer. O deixaram “quase morto”. Passou por aquele caminho um sacerdote que vendo aquele homem passou longe dele e assim, da mesma forma, fez o levita. Até que um samaritano que ia de viagem chegou perto dele compadeceu-se limpou suas feridas e cuidou para que ele se recuperasse. (v.30-35).

Nos encontramos com “quase mortos” pelas ruas todos os dias e nos assemelhamos a quem: ao bom samaritano ou aos outros? Quando vemos aquele “quase morto” ainda pequenininho e atravessamos a rua com medo de sermos assaltados ou para não sermos importunados, reconhecemos nele o nosso próximo? Ou é melhor ser nosso próximo aquele irmão de terno limpo, que anda de carro novo? O nosso preconceito e a nossa falta de sensibilidade ao Espírito Santo de Deus tem tornado difícil amar o nosso próximo e feito com que milhares de “quase mortos” morram realmente, sem conhecer o amor de Deus.

Aquele bom samaritano não tinha motivo nenhum para ajudar aquele homem. Não iria ter nenhuma recompensa, mas mesmo sem conhecer ou investigar sobre as origens ou a índole dele teve piedade daquele homem. E se aquele homem fosse um judeu? Ora, bem sabemos que judeus e samaritanos eram inimigos. O bom samaritano não se importou com isso nem mediu esforços para interromper sua viagem e ajudar. Ele gastou tempo e o dinheiro equivalente a dois dias de trabalho (v.35) para salvar a vida daquele homem que não era nem seu parente e muito menos seu amigo. Talvez aquele homem não compartilhasse a mesma tradição, fé e costumes que ele, porém o bom samaritano foi o consolo, o apoio, a cura.

Para você quanto custa trazer um “quase morto” novamente à vida? Quem tem entrado na sua lista de “próximos”? Sempre fomos sustentados pelo amor e amar ao próximo é o mínimo que devemos fazer. Afinal podemos sim, ser a cura e o consolo para aqueles que precisam, e deixar que o mundo veja que somos imagem e semelhança do nosso grande Deus!                      

Por Sarah Nobre

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