Uma das mais
preciosas parábolas de Jesus é a epigrafada como a parábola do semeador (Mt
13.1-23). Nota-se neste texto que Jesus procura fortalecer a fé dos seus
ouvintes ensinando-os que o Reino do céu é totalmente diferente dos reinos dos
homens aqui na terra. O seu Reino não seria estabelecido para produzir
riquezas, poder político e glória para os homens se destruírem. Pelo contrário,
a visão deste reino é o de glorificar a Cristo e manter em total pacificação os
que nele entrarem. O desejo de Jesus é de levar a todos para este reino, porém
devido às condições estabelecidas por ele, uma imensa quantidade ficou
desapontada e descontente, não fazendo caso de participar dele.
Esta parábola
é contextualizada em Marcos 4 e Lucas 8. Algo tão simples que poderia, nos
lábios errados, distrair a atenção do povo. Mas era o Mestre Jesus que levava
algo tão comum a tomar proporções tão nobres para mostrar as diferenças entre
os que ouvem a Palavra de Deus.
Encontramos
aqui três elementos: O semeador (Jesus; os filhos de Deus), a semente (a
palavra de Deus, Lc 8.11) e os solos (os corações).
Uma parte das
sementes caiu à beira do caminho (v.4). Sabe-se que na Palestina, quando no
plantio, os locais recém-arados eram sempre pisoteados pelos andantes fazendo
com que o solo lateral ficasse resistente,
não permitindo assim
a penetração das sementes, que
também eram pisadas (Lucas 8.5), tornado-se
alimento para as aves. No contexto espírito/moral pode-se notar que
Jesus está se referindo às pessoas cujos corações são orgulhosos e de livre
relacionamento com o mal. E isto acrescentava os fariseus e escribas que não aceitavam
Jesus como o Filho de Deus, o Messias esperado. Trata-se das pessoas que o
inimigo rouba-lhes todas as informações sobre a vida eterna (v.19).
Outra parte
caiu em solo rochoso, ou seja, raso (v.5,6). Não havia espaço para o
crescimento das raízes. Assim mesmo ela cresceu, mas o sol foi mais forte e ela
perdeu suas forças. Isto representa o homem cujo coração age pelo imediatismo:
“... e a recebe logo, com alegria” (v. 20), mas não teve como o evangelho
desenvolver-se dentro dele (no entendimento).
Outra parte
caiu entre os espinhos (v.7). Esta parte cresceu com algo que o arado não
removeu. Estes espinhos, riqueza e deleites desta vida (Lc 8.14), tornam-se
sufocantes, ou seja, mais importantes que a vida eterna.
E, por fim,
outra parte caiu em boa terra (v.8). As anteriores foram registros do fracasso,
mas agora temos o registro da vitória, a grande possibilidade de ser verdadeiro e
honesto e fazer de tudo pelo reino
de Deus com “... reto coração” (Lc 8.15). Esta retidão frutifica no
coração do pecador que é colocado frente a frente com a força do evangelho. Uma
prova que um coração pode mudar para melhor e se tornar produtivo: “... este
frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.” (v. 23).
Por Ev.
Wellington Lopes Cardoso
Nenhum comentário:
Postar um comentário