quinta-feira, 10 de março de 2011

A PARÁBOLA DO SEMEADOR


Uma das mais preciosas parábolas de Jesus é a epigrafada como a parábola do semeador (Mt 13.1-23). Nota-se neste texto que Jesus procura fortalecer a fé dos seus ouvintes ensinando-os que o Reino do céu é totalmente diferente dos reinos dos homens aqui na terra. O seu Reino não seria estabelecido para produzir riquezas, poder político e glória para os homens se destruírem. Pelo contrário, a visão deste reino é o de glorificar a Cristo e manter em total pacificação os que nele entrarem. O desejo de Jesus é de levar a todos para este reino, porém devido às condições estabelecidas por ele, uma imensa quantidade ficou desapontada e descontente, não fazendo caso de participar dele.


Esta parábola é contextualizada em Marcos 4 e Lucas 8. Algo tão simples que poderia, nos lábios errados, distrair a atenção do povo. Mas era o Mestre Jesus que levava algo tão comum a tomar proporções tão nobres para mostrar as diferenças entre os que ouvem a Palavra de Deus.

Encontramos aqui três elementos: O semeador (Jesus; os filhos de Deus), a semente (a palavra de Deus, Lc 8.11) e os solos (os corações).

Uma parte das sementes caiu à beira do caminho (v.4). Sabe-se que na Palestina, quando no plantio, os locais recém-arados eram sempre pisoteados pelos andantes fazendo com que o solo lateral ficasse resistente,  não  permitindo   assim  a  penetração das sementes, que também eram pisadas  (Lucas 8.5),  tornado-se  alimento para as aves. No contexto espírito/moral pode-se notar que Jesus está se referindo às pessoas cujos corações são orgulhosos e de livre relacionamento com o mal. E isto acrescentava os fariseus e escribas que não aceitavam Jesus como o Filho de Deus, o Messias esperado. Trata-se das pessoas que o inimigo rouba-lhes todas as informações sobre a vida eterna (v.19).

Outra parte caiu em solo rochoso, ou seja, raso (v.5,6). Não havia espaço para o crescimento das raízes. Assim mesmo ela cresceu, mas o sol foi mais forte e ela perdeu suas forças. Isto representa o homem cujo coração age pelo imediatismo: “... e a recebe logo, com alegria” (v. 20), mas não teve como o evangelho desenvolver-se dentro dele (no entendimento).

Outra parte caiu entre os espinhos (v.7). Esta parte cresceu com algo que o arado não removeu. Estes espinhos, riqueza e deleites desta vida (Lc 8.14), tornam-se sufocantes, ou seja, mais importantes que a vida eterna.

E, por fim, outra parte caiu em boa terra (v.8). As anteriores foram registros do fracasso, mas agora temos o registro da vitória, a grande possibilidade de ser  verdadeiro  e  honesto e fazer de tudo pelo reino  de Deus com “... reto coração” (Lc 8.15). Esta retidão frutifica no coração do pecador que é colocado frente a frente com a força do evangelho. Uma prova que um coração pode mudar para melhor e se tornar produtivo: “... este frutifica e produz a cem, a sessenta e a trinta por um.” (v. 23).

Por Ev. Wellington Lopes Cardoso

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