“Trabalhai,
pois, não pela comida que perece, mas pela que subsiste para a vida eterna, a
qual o Filho do Homem vos dará, porque Deus, o Pai, o confirmou com seu selo.”
(Jo 6.27)
Uma
grande multidão seguia Jesus. Para onde o Mestre ia, eles arranjavam um modo de
ir. Entretanto, Jesus rebate duramente à busca dEles. Eles estavam
seguindo-O não pelo fato de Jesus fazer grandes sinais, mas porque no dia
anterior foram fartos com pães e peixes da primeira multiplicação de Jesus.
Eles estavam ali pela motivação errada – uma motivação materialista.
Que
duras palavras são as de Jesus. E elas nos alcançam hoje. Quantas vezes
buscamos a Deus pelas bênçãos que Ele pode nos dar. Se Deus nos dá algo, não
queremos decepcioná-lO e tentamos nos aproximar dEle. Se desejamos que Ele nos
dê algo, tentamos uma ilusória barganha. Nosso interesse nas mãos de Deus nos
domina. Queremos que Ele nos supra, realize nossos sonhos, nos
dê um melhor emprego, não nos deixe passar necessidades, enquanto tudo isso é
uma consequência - “as demais coisas vos
serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Jesus
nos adverte duramente a buscar algo que não é perecível. Algo que não se
estraga. Algo que é eterno – a Vida que Ele nos dá. Nele está a vida em toda a
sua plenitude, e Ele deseja que o busquemos não levando em conta o que Ele pode
nos dar, mas o que Ele é. Ele deve ser a nossa vida - o centro, a motivação, a razão da
nossa existência. Ele não quer que busquemos suas mãos, mas sua face.
Contemplá-lo, para que tenhamos vida. Vê-lo para que o encontremos,
tenhamos comunhão com Ele e que o nosso relacionamento cresça, confirmado pelo
selo que Ele nos deu, que é o Espírito Santo.
A
vida eterna está em Cristo. Ele quer que achemos vida nEle. Ele é o verdadeiro
alimento. “Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome, e o que crê
em mim jamais terá sede” (Jo 6.35). Que nosso labor, que nosso esforço, esteja
em buscá-lO, conhecê-lo mais. Não esperando receber nada em troca, que nós nos
acheguemos ao verdadeiro pão, à verdadeira comida – Cristo – para saciar nossa
fome e encontrarmos refrigério para nossas almas.
Que
nossa motivação seja a pessoa de Cristo. DEle, por Ele e para Ele!
(Por Luiz Pereira)
Diga-se de passagem, aquilo que buscamos em nossa religião nos diz mais sobre o nosso caráter do que aquilo que exibimos às pessoas.
ResponderExcluirNão que tenhamos um caráter aprovado de nascença, mas temos que nos permitir mudar o objetivo durante a caminhada; porque quanto mais próximos nos tornamos do nosso objetivo, melhor o conhecemos.
Impossivel nao lembrar de homens e mulheres como Davi, Moises, Enoque, Maria, João, que descobriram o real significado de AMOR de Deus e o amaram, sem medir esforços nem consequências, perdendo até priovilegios ou vantagens aqui, mas ganhando a inigualável experiência de ser tocado e de tocar o coração de Deus.
ResponderExcluirIsso nos desafia, nos atrai? Ou faremos a escolha que o povo de Israel fez ao pedir que Moises apenas transmitisse as Palavras do Senhor porque eles nao "suportariam" ser dominados pela glória de Deus?