segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O PADRÃO DO PERDÃO DIVINO


Ao ouvir o ensino de Jesus sobre como devemos insistir em pedir perdão ao próximo e buscar incessantemente a reconciliação com o irmão, Pedro, espantado com tão elevado padrão, dirige-se a Jesus e interroga-lhe: “Senhor, devemos perdoar até sete vezes?” Ao que Jesus responde: “Não só sete, mas setenta vezes sete.” Jesus elimina assim todo o limite que Pedro, você ou eu pensávamos devesse haver para se perdoar. A mente humana decaída só conseguiria conceber vingar-se setenta vezes sete (Gn 4:24) mas Jesus mostra-nos um padrão muito mais elevado: o perdão divino. Depois de surpreender Pedro e os demais ouvintes com sua resposta sobre perdão, Jesus trás uma parábola (Mt 18.23-35) que é ilustração daquilo que Ele queria ensinar sobre perdoar no padrão divino. Essa parábola nos ensina quatro princípios sobre perdão que devemos ter sempre em mente:


1.    TODOS SOMOS DEVEDORES: Todos devemos a Deus. Todos devemos mais do que valemos. Nosso pecado e culpa são maiores do que nossa capacidade de pagá-los. (v.25)


2.    TUDO QUE O PROXIMO NOS DEVE É INFINITAMENTE MENOR, QUE O QUE DEVEMOS A DEUS: Ao rei o servo devia 10 talentos (60 milhões de denários), o seu conservo lhe devia apenas 100 denários. O que o próximo me deve não se compara com o que devo a Deus (v. 24, 28)


3.    TODOS OS QUE RECEBERAM PERDÃO TEM O COMPROMISSO PERPÉTUO DIANTE DE DEUS DE PERDOAR: Você tem o compromisso perene e definitivo de perdoar tantas vezes quantas forem necessárias, pois você também recebe esse perdão de Deus (v.32).


4.       QUEM NÃO PERDOA COLOCA-SE DEBAIXO DO JUíZO DE DEUS: Aquele servo malvado foi lançado aos verdugos, dos quais tinha sido poupado anteriormente, assim também Jesus nos alerta: “Da mesma maneira, meu Pai celeste vos fará se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão” (v. 35).


Existe uma história que fala de um certo beduíno que estava na sua tenda ao sol da palestina, quando entrou correndo um garoto adolescente chorando ofegante. Logo em seguida chegou também uma turba alvoroçada empunhando cacetes e facas. Abriram a portinhola da tenda e disseram: “- Dá-nos o garoto porque ele é um assassino!” O beduíno respondeu: “- Mas há uma lei entre nós que diz que se um assassino se refugiar na tenda de alguém e essa pessoa lhe der abrigo e guarida, então ele está absolvido. Eu me compadeci desse garoto, quero perdoar-lhe”. E o garoto tremia. Mas eles disseram: “– Você quer perdoar-lhe porque não sabe o que ele fez nem quem ele matou”. O beduíno falou: “– Não importa, quero perdoá-lo”. Os homens então afirmaram: “– Ele matou seu filho! O corpo está lá fora sangrando na areia!” O beduíno caiu em profundo silêncio por alguns instantes, depois, enxugando as lagrimas, disse: “– Então vou criá-lo como se fosse meu filho, a quem ele matou”. Deus não fez isso por nós ao entregar Seu Filho? Esse é o padrão do perdão divino. E o padrão para o qual Deus nos desafia.                               


(Por Angércio Júnior - publicado no Informativo Ee-taow Outubro 2010)

2 comentários:

  1. As instruções são simples; o complicado é pô-las em prática...

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  2. É verdade, irmão... é difícil, somos confrontados todos os dias, mas o Espírito Santo nos ajuda...

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