segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

TODOS SOMOS FILHOS


João, em sua primeira epístola, nos lembra: “Vede quão grande amor Deus derramou em nossos corações, ao ponto de sermos chamados seus filhos” (3.1). Reconhecer a paternidade de Deus para conosco é algo maravilhoso. Ele, como Pai amoroso, enviou Seu Filho primogênito, Jesus, o Cristo, para morrer e dar à vida a muitos outros filhos, que somos nós. Realmente é um grande amor.
Entretanto, há alguns filhos que fazem como o irmão mais velho do filho pródigo. Ambos receberam a mesma criação, o mesmo amor do Pai, mas o mais velho envaideceu-se por nunca ter saído da casa do Pai, sempre ter servido em sua casa, e não se alegrou com o retorno do seu irmão mais novo. Foi uma atitude egoísta, puro farisaísmo. Utilizava sua justiça para julgar seu irmão e não concordava deste ganhar uma festa de retorno, enquanto a justiça correta era a de seu Pai, que lançou no mar do esquecimento os pecados do filho mais novo.
Quantas vezes, amados, somos iguais a este filho. Não sabemos nos alegrar com o retorno de um filho querido ao Lar de Deus, e começamos a julgar, lançando em rosto erros do passado cometidas pelo pródigo e gabando-nos de nossas boas ações.
A resposta do Pai foi contra essa revolta de seu filho. “Tu sempre estás comigo. Tudo que tenho é teu.” Quantas vezes, mesmo com muitos anos de convertidos, vivemos sem gozar de toda a vida abundante que Deus nos dá. Estamos em igrejas, mas longes do lar. Nosso coração não está centrado em nosso Pai. Isso nos atrapalha e levamos a um egoísmo quando vemos filhos “mais novos” gozando de tudo que o Pai tem para dar.
O Pai quer que vivamos a vida plena que Ele conquistou na cruz para nós, pagando nosso preço e fazendo-nos, todos, seus filhos. Não há  acepção. Todos  somos filhos. Não há filhos favoritos. Somos filhos. Que recebamos bem os pródigos e vivamos a vida que o Senhor tem para nós, livres de todo egoísmo e falta de perdão. A nós pertence toda a vida abundante: basta escolhermos vivê-la, como irmãos, todos filhos de um Pai tão amoroso.

Por Luiz Pereira


terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

DE VOLTA PARA CASA



O filho mais novo da parábola do Filho Pródigo, após viver prazeres passageiros que o mundo oferece, coisas perecíveis, que logo passam, estava sofrendo necessidades. Foi cuidar de porcos, animais impuros para os judeus. De fome, desejava comer o que os porcos comiam. Era uma grande humilhação! O que valia, naquela hora, todo o dinheiro gasto nas festas? Onde estariam seus amigos, que estiveram com ele quando ele tinha recursos? O dinheiro acabou e os amigos sumiram. No pior dos lugares – o fundo do poço – o jovem caiu em si e decidiu voltar a seu Pai. Planejava nem ser mais filho, apenas servo.


Foi ter com seu Pai. Interessante é observar que o Pai estava esperando por ele. E porque? Seu Pai sabia que o filho reconheceria ser a Sua casa o melhor lugar para ficar. A experiência do Pai o impelia a ter esperanças do retorno do filho, e sempre estava olhando ao longe, esperando por um encontro com o filho.

Quando o Pai o viu, correu ao encontro do filho. Alegrou-se por seu retorno. Não quis ouvir desculpas pelos erros do passado, e sim mostrava uma nova vida, um recomeço para o rapaz. Ele era filho e o Pai desejava que seus filhos estejam com Ele. A casa do Pai é o melhor lugar para estar. Ali o moço encontraria consolo, conforto, carinho e atenção não passageiras, mas sempre presentes.

O pródigo recebeu presentes de seu pai: novas vestes, para ele esquecer do passado e estar pronto a viver a vida plena que o Pai a deu; um anel, para ele assumir sua identidade de filho amado e sandálias para que ele pudesse enfrentar as lutas dessa nova vida vitoriosamente.
Grande festa aconteceu pelo retorno do filho, e hoje também pode acontecer grande festa no céu. Se você é um filho pródigo, que está longe da casa do Pai, volte para a sua casa. 
Venha logo! Não pense nos olhares nem deixe que o passado te engane e te leve para mais fundo deste poço. Viva a vida abundante que o Pai deseja te dar. Só o Senhor pode te dar salvação, e Ele sempre está de braços abertos, ansioso pelo seu retorno. 

Recomeçar, de onde eu errei,
Senhor, vem me sondar
Abrir meu coração
Vem comigo caminhar
Me dizer o que fazer para continuar
Reconstruir,  o vaso foi quebrado
Quando eu me troquei
Por um momento de prazer
Um prato cheio de pecado
Senhor, nem sei o que dizer
Só peço outra vez em ti recomeçar
Me arrepender e me render
Em tua presença eu quero Pai, recomeçar
Mais uma vez a tua mão
Me levantar denovo,
Eu vou recomeçar

(“Recomeçar” - Sérgio Lopes)



                                            Por Luiz Pereira


quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A PARÁBOLA DO FILHO PRÓDIGO


Uma das formas mais usadas por Jesus no seu ministério foi a aplicação de parábolas. É-nos necessário valorizar a sua importância e o seu verdadeiro significado exatamente por causa daquilo que ela está dizendo, então, assimilamos mais profundamente a sua devida aplicação. Toda parábola aplicada por Jesus nos ensina muitas verdades positivas para a nossa conduta espiritual. Escolhi para este texto a parábola do Filho Pródigo (Lc 15.11-32). Quando Jesus narra esta parábola Ele simplesmente está atingindo a mente dos fariseus e escribas que em sua pomposidade espiritual tinham pessoas como o filho pródigo como totalmente irrecuperáveis, pessoas que jamais seriam alvo da misericórdia de Deus e eram incapazes de obter êxito no projeto divino da redenção, e por este pensamento as ignoravam totalmente.
Mas, observemos o que Jesus pensava delas. Jesus proclama como lição inicial que todos os pecadores podem ter um novo começo, há a possibilidade para o novo nascimento, pois é Ele que veio para dar esta oportunidade aos que estavam (estão) à margem da sociedade e muito distante de Deus.
Observando isto, atrevo-me a perguntar: Quem se habilita a questionar a sua misericórdia? Alguém quer limitá-la ou torná-la nula? Obviamente, que diretamente, não. Porém, muitas vezes agimos assim: ou queremos ser mais conhecedores do coração humano do que Deus e somos implacáveis em julgamento punitivo e/ou nos tornarmos mais misericordiosos do que Deus, e nos erros condenados pela Palavra somos omissos.
Bem, mas o que nos mais interessa aqui é que esta parábola revela em ações o amor de Deus na pessoa do pai do filho pródigo, que não sussurrou nenhuma palavra de condenação ao ter o filho de volta, simplesmente o recebeu com mesmo amor de quando o viu partir.
Em segundo lugar compreender que há somente Um a que você pode recorrer, e somente uma coisa a fazer. Veja que “Ninguém lhe dava nada”. Abandone a terra distante. Levante-se dentre os porcos e as bolotas. Em terceiro lugar aceite os presentes do pai. Principalmente a oportunidade para um novo começo.
Por Ev. Wellington Lopes Cardoso 


sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

OPÇÕES


Temos sempre em nossas mãos o direito e a opção de que caminho percorrer e que atitudes tomar. Sim, somos graças a Deus autores de boa parte de nossas escolhas. Jovens ou não, somos diariamente persuadidos a correr atrás de sonhos e construir uma história. Logo, sabemos que Deus nosso Pai deseja caminhar lado a lado conosco, mas quando tomamos a decisão de caminharmos sozinhos o pai não nos impede, permite e espera. Assim como aconteceu como o Filho descrito em Lucas 15: 11-32, nós muitas vezes saímos de perto do pai e desperdiçamos os presentes que Ele guarda para nos dar. Quantas vezes temos usado nossos dons, aqueles que o Senhor nos deu, para engrandecer o nosso próprio nome? E gastamos tudo com prazeres que não engrandecem a ninguém e muito menos a Deus.      
O mundo pode ter flores para nos dar quando chegamos lá ou quem sabe artifícios mais atrativos, mas a enganação e a mentira são pratos principais na mesa farta que ele oferece. E quando nos damos conta já estamos na lama, desejando comer a comida dos porcos enquanto, na casa no Pai temos fartura e abundância. Mas assim como em Lucas o Pai ainda espera do seu filho tão querido o Senhor ainda te espera.
E mesmo que você tenha estado em lugares imundos, tenha gastado toda sua juventude, sua força, seus dons com coisas que  entristecem seu coração, ainda existe esperança pra você! O nosso Pai e Senhor logo que você toma uma decisão de se aproximar novamente Dele, Ele te avista de longe e corre ao seu encontro, afinal a espera Dele sempre foi constante e a decisão Dele era de te esperar e ter você de volta em casa. O Senhor quer restituir o que você perdeu e tirar as marcas e as manchas que o mundo deixou em você, afinal Ele te ama e sempre te amará e a palavra de Deus não volta a trás.
     
Por Sarah Nobre





sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DE ONÉSIMO?

Você conhece a história de Onésimo? 
Onésimo era um escravo fugitivo de seu dono chamado Filemon. De acordo com a lei Romana todo escravo fugitivo tinha a pena de morte. Porém isso não aconteceu com Onésimo, sabe o porquê?
Isso não aconteceu porque Onésimo foi parar em Roma, e lá estava o apóstolo Paulo, servo de Deus. Através da pregação dele, Onésimo se converteu ao Senhor Jesus Cristo. Depois da sua conversão (ou seja, aceitação de Cristo Jesus como o Senhor da sua vida), Paulo o aconselhou que voltasse para o seu dono, e assim Paulo enviou uma carta a Filemon para que ele aceitasse Onésimo com amor e carinho, pois agora não era apenas  um escravo dele, mas era também irmão em Cristo.
Assim somos nós, muitas das vezes fugimos do nosso Criador e andamos pelo mundo vagamente a procura de uma tal felicidade, algo que possa nos encher. E essa fuga nos torna cada vez mais distante de Deus e cada vez mais próximos da morte espiritual. Porém, é preciso pararmos e voltarmos para Deus enquanto o podemos achar. É preciso ouvirmos a voz Dele, porque Deus é o Deus que fala, é o Deus que vive, é o Deus que nos dá a felicidade mesmo em tempos ruins.
Muitas das vezes fugimos/distanciamos de Deus, porque temos medo de determinadas coisas, porque às vezes não queremos abrir mão da nossa própria vontade, porque não o conhecemos ou não acreditamos que realmente há O Deus.
Mesmo com toda a nossa ingratidão e com o nosso “desconhecimento” de Deus, Ele enviou o Seu Filho amado para nos libertar e nos tornar amigos dEle. Isso tudo através da fé que você tem em Jesus.
Mesmo que você ache que a estrada está muito longa para voltar, Ele pode ir até  você caso queira, porque Deus só se achega a nós quando nos achegamos a Ele. Deus é tão bom que não nos obriga a nada!
Lembre-se que não há nada o que temer. Porque nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.
(Por Andreza Vaz)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"PURO E SIMPLES"


Em Hebreus 2.9b-10 está escrito: “Jesus, por causa do sofrimento da morte foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem. Porque convinha que aqueles cuja causa e por quem todas as coisas existem, conduzindo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse por meio do sofrimento, o Autor da salvação deles.”
Por meio da morte de Cristo e de seu sofrimento na cruz do Calvário, ele nos deu acesso à vida eterna. O homem, para ter acesso a isso, deve aceitá-lo como único e suficiente salvador, pedir perdão por seus pecados e viver uma vida santificada, em temor e obediência à Deus.
Nós não merecíamos o sacrifício de Jesus, mas pela sua misericórdia podemos alcançar salvação, como está escrito em Tito 3:4-5: “Quando porém se manifestou a benignidade de Deus, nosso salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo.”
Nós, seus filhos, devemos manter-nos fiéis à sua palavra e sempre pedirmos a Deus para que nunca nos desviemos de Seu maravilhoso caminho. Está escrito em 2 Timóteo 2.11-13: “Fiel é esta palavra: se morremos com Ele, também viveremos por Ele; se perseverarmos, com Ele também reinaremos; se o negarmos, por sua vez, nos negará; se formos infiéis, Ele permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo.”
Nós temos a esperança de um dia vê-lo face a face, no céu de glória e vivermos eternamente com Ele.
“Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povo de Deus e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima e a morte já não existirá, já não haverá mais luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.” (Ap 21.3-4).
Ora vem, Senhor Jesus!

Porque Ele vive, posso crer no amanhã,
Porque Ele vive, temor não há,
Mas eu bem sei, eu sei,
Que a minha vida está nas mãos de meu Jesus que vivo está.

(Por Ana Luiza Vieira)

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

RETRATOS DO AMOR DE DEUS


É evidente que a relação de amor do Criador para com sua criatura é único, ímpar e sem comparação, mas o nosso frágil poder de pensar e imaginar pede-nos que façamos algumas analogias para compreendermos melhor a profundidade do amor de Deus para o homem.


“Desci à casa do oleiro e eis que ele estava entregue à sua obra.” (Jeremias 18:3)

A relação de Deus com o homem é retratada na passagem em que Jeremias vai à casa do oleiro. Assim como o oleiro não se satisfaz em ver sua obra desmanchando-se imperfeita e torna a modelá-la, nós somos também obra de arte divina na qual ele trabalha e não ficará satisfeito até que apresentemos determinado caráter. Ao fazer um rabisco simples, um artista talvez não se importe com as imperfeições, mas quando faz a obra de sua vida, o quadro que ele ama, ele irá esforçar-se infinitamente para obter sua obra prima. Talvez se o quadro ou o vaso fossem dotados de sentidos não desejasse ser quebrado, remodelado, raspado, repintado pela décima vez, preferindo ser apenas um esboço que fosse terminado rapidamente, da mesma forma é natural querermos que Deus nos dê um destino não tão árduo, mais fácil e menos glorioso. Isso não é querer mais amor e sim menos.

“Ó pequenino rebanho” (Lucas 12:32)

Outro bom exemplo de amor é o que o homem tem por um animal, este melhor que o primeiro porque o objeto amado é dotado de sensibilidade. A relação, por exemplo, entre um homem e um cachorro pode nos ensinar sobre o amor de Deus.

Em primeiro lugar o homem amansa o cão para poder amá-lo e não para que o cão o ame. Ele o adestra para que o cão possa servi-lo e não ele ao cão. No entanto os interesse do cachorro não são sacrificados em favor do homem.  O homem interfere na natureza do cão para torná-lo mais amável do que ele seria no seu estado natural, banha-o, ensina-o a fazer as necessidades no lugar certo, ensina-o a não roubar as coisas para que possa amá-lo interiormente. O filhote se pudesse raciocinar talvez poria em dúvida a bondade do homem, mas depois de crescido saudável, maior e com mais tempo de vida que um cão selvagem, estaria totalmente agradecido e amaria ao homem que cuidou e o adestrou.

“Porque o pai ama ao filho” (João 5:20)

Jesus muitas vezes usou a analogia do amor de um pai para o filho para expressar o amor de Deus para o homem, mas é importante salientar que na época em que Jesus pregava a autoridade paterna ocupava um lugar bem mais elevado que nos nossos dias. O amor neste símbolo significa amor autoritário de um lado e amor obediente do outro. O pai que ama utiliza de sua autoridade para fazer do filho o que ele, com sua sabedoria superior, deseja que o filho seja. Não é amor o que sente um pai que diz: “Amo o meu filho, mas não me importa que seja um canalha, contanto que esteja satisfeito e se divirta.”

“Também ame a sua própria esposa.” (Efesios 5:23)

Assim como o homem ama a sua esposa, Deus ama a humanidade.  O amor, por sua natureza, exige o aperfeiçoamento do objeto amado. Quando nos casamos deixamos de nos preocupar com nossa mulher, se ela é limpa ou desleixada, bonita ou feia? Pelo contrario, aí é que começamos a nos preocupar. Ou será que alguma mulher considera prova de amor o fato de seu marido ignorar sua aparência ou não se preocupar com ela? O amor pode amá-la ate quando a beleza se perder, mas não porque se perdeu. Pode perdoar as fraquezas, mas não querer que não sejam eliminadas. O amor é mais sensível que o próprio ódio às imperfeições no ser amado. O amor é o que mais perdoa, mas é o que menos fecha os olhos para o erro. Ele se satisfaz com o pouco, mas exige tudo.

Deus não ama o homem apenas com uma preocupação desinteressada ou uma preguiçosa benevolência que deseja que você seja feliz a sua maneira, mas com o amor que criou os mundos e não poupou o seu Filho para nos resgatar.

Que Deus nos ajude a conhecer o tamanho, a largura, a altura e a profundidade do Seu amor.

(Por Dc. Angércio Júnior - 
Baseado no Livro "O problema do sofrimento" de C. S. Lewis)

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A PARÁBOLA DOS TALENTOS

Em Mateus 25.14 a 30, o Senhor Jesus Cristo nos apresenta a seguinte parábola:

“Pois será como um homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e, então, partiu. 16O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo, o que recebera dois ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles. Então, aproximando-se o que recebera cinco talentos, entregou outros cinco, dizendo: Senhor, confiaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. E, aproximando-se também o que recebera dois talentos, disse: Senhor, dois talentos me confiaste; aqui tens outros dois que ganhei. Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor. Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu. Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado. E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.

O que é o talento? Do lat.  talentum  - peso (30 kg de prata), e moeda da antiga Grécia  e  Roma (= 6.000 denários). Aplicamos metaforicamente desta parábola o termo talento para relacionar com a aptidão, a capacidade natural do indivíduo.
Ao lermos esta parábola nós vamos encontrar incontáveis verdades para a nossa vida espiritual, moral e social. Jesus sempre usou este método para ensinar sobre os termos do Reino dos céus. Tendo a nossa mente sensível ao Espírito Santo, podemos navegar (não fantasiosamente, mas ladeados pela responsabilidade) por um universo de aplicações que vem trazer à nossa alma maturidade e comprometedora responsabilidade com a nossa salvação. Descortinemos algumas das profundas verdades.
Um homem responsabilizou, ou confiou diferentes valores para que negociassem enquanto fazia uma certa jornada.  Podemos compreender que este homem é o próprio Cristo, que após cumprir a sua jornada aqui na terra ausentou-se por um determinado tempo. Podemos refletir que os talentos são os meios que Deus nos deu para assistir o nosso aperfeiçoamento na salvação e os dons que nos favorecem para o trabalho de evangelização aqui na terra.
A um entregou cinco, o qual granjeou outros cinco; a outro entregou dois, o qual granjeou outros dois, e ambos foram louvados pelo seu senhor: “... Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor”. Eles, pois, valorizaram e souberam usar bem o que lhes fora confiado. Aproveitaram as oportunidades com o uso de suas capacidades. Ao terceiro deu um só talento, o qual ele enterrou, o e restituiu inteiro, porque não tinha negociado com ele. O nobre senhor anunciou ao mau servo a sua condenação: não só o lançou fora como também o privou do talento: “...Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez... lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes”.  
Observemos o comportamento desnecessário daquele servo: “Mas o que recebera um, saindo, abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor”. Ele não valorizou as oportunidades, privilégios e mordomia em relação a obra do seu senhor. Aquele senhor não compreendeu, ou melhor: não aceitou o descaso para com o talento dado por aquele servo. Era pouco, mas era esta a sua capacidade.
Devemos ter cuidado com as coisas do Senhor Jesus na sua ausência, ainda que pareça que esteja demorando a voltar (Lc 12.45). Aquele servo não valorizou o que recebeu. Seus recursos eram poucos, concluiu ser desnecessário seu uso. Ouvi alguém dizer esta frase em uma mensagem: “Os talentos e os dons são para serem usados independente de quantidade, pelo contrário, ainda que pouco, temos que empregar maior qualidade possível em seu uso”.
É injustificável afirmar que não há lugar para aplicar “...Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste”.Recebe-se das mãos de Deus e a Ele temos que devolver, pois sempre há lugar para ser aplicado: “... Cumpria, portanto, que entregasses o meu dinheiro aos banqueiros, e eu, ao voltar, receberia com juros o que é meu. Este servo foi tão irresponsável, que ainda quis validar o seu fracasso culpando o seu senhor:”... sabendo que és homem severo”. Sua punição não foi simplesmente porque o seu senhor era severo, mas por que ele, como já dito, foi irresponsável para com aquilo que lhe foi confiado.
Há, porém, uma profunda promessa para os que cuidam bem dos seus talentos: “... Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância”. Jesus já nos deu o verdadeiro sentido da vida. Já nos deu eterna salvação, restando-nos apenas sermos fiéis até o fim. Lembre-se: os dons são perfeitos, são dados por Deus (Tg 1.17). Não os negligenciem, não os enterrem. Haveremos de comparecer diante do Senhor Jesus (2 Co 5.10), e devemos, por gratidão falarmos incessantemente do seu amor, da sua obra expiatória no calvário para a salvação da humanidade. AMÉM!
(Por Ev. Wellington Lopes Cardoso)

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

ANO NOVO: OPORTUNIDADES NOVAS


Por vezes nos pegamos fazendo uma listinha de novos propósitos para o novo ano. E os objetivos variam bastante em grau de importância, de investimento de tempo ou de qualquer outro recurso que se faça necessário. Leituras, estudos, melhora da forma fisica, um casamento, uma viagem, enfim: são muitos os propósitos do coração do homem (...).
Totalmente saudável e motivador é a construção ou o traçar de propósitos, metas e objetivos e muitos escolhem essa época de início de ano, em que sempre nos presenteamos com cadernos e agendas novas, para escrever em suas primeiras páginas os objetivos e metas para o novo ano, que requerem muitas vezes uma mudança radical de atitude.
Nessa ânsia por vitória e mudança de vida a Palavra de Deus é uma excelente lâmpada e porque não dizer, a lâmpada, capaz de nos orientar e nos instruir revelando a sempre a boa, perfeita e agradável vontade de Deus para a vida do homem.
Ocorre que muitas vezes não paramos pra apresentar ao Senhor nossos propósitos, seja por julgarmos que os mesmos já estão enquadrados nos padrões dEle, seja por julgarmos perda de tempo, e nesse ponto é sempre importante lembrar das palavras do sábio Salomão que disse: O coração do homem planeja o seu caminho, mas o SENHOR lhe dirige os passos. (Provérbios 16:9).
Por julgar puros os próprios pensamentos e propósitos o ser humano é sempre levado a lutar com as próprias forças pelo que deseja e, tão ligeiro quanto o primeiro passo, o da escolha dos objetivos, é o segundo: a escolha da melhor forma de alcançá-los.
O Senhor Jesus, certa vez, advertiu-nos que ao se começar a pensar em um determinado projeto e em como colocá-lo em prática, deve-se, antes de tudo, calcular o custo desse projeto para sabermos se teremos condição ou não de concluí-lo. Percebo a oração a Deus como um excelente meio de fazer esse cálculo para projetos que se deseja executar.
Uma oração sincera ao Todo-Poderoso, que conhece o coração do homem e que tem em suas mãos a chave de abrir e fechar portas, vale mais do que páginas e páginas de rabiscos acerca do quê e de como fazer. Quando se pede a Deus orientação acerca de projetos e desejos, permite-se que, através do Seu Espírito Santo ele transmita ao nosso coração, muitas vezes de forma silenciosa e branda, a vontade diretiva dEle.
Daí em diante o que fica é a certeza de se estar na direção certa e de ter todas as ferramentas e armas necessárias à luta. Não sem estar isento de ser atacado pelo desânimo e o desejo de desistir, mas quando se tem convicção de que Deus está ao seu lado, é bem mais fácil perceber essas “curvas do caminho” e se preparar antecipadamente para atravessá-las.
E se mesmo sob a orientação e aprovação do Mestre, ao longo da trajetória tomarmos caminhos diversos daqueles que ele planejou para nossos pés, estando mantida a comunhão com Deus seremos capazes de perceber, pelo Seu Espírito Santo, o que devemos renunciar e do que devemos desistir ao longo da caminhada. Quando se caminha com Deus ao nosso lado, dia a dia Ele vai transmitindo a receita, o método, e nos fortalecendo por sua graça e misericórdia fazendo-nos capazes de lutarmos e igualmente capazes de abrir mão de o fazermos com nossas próprias forças e do nosso próprio jeito.
 O desafio de manter-se firme nos propósitos traçados nesse inicio de ano, o desafio de não dobrar ou arrancar, ou simplesmente ignorar a primeira página da agenda onde porventura eles foram escritos, pode e deve ser superado, não sem que se lance mão da instrução, da graça, da força e do poder do nosso Deus.
E aqui reescrevo o “Feliz Ano Novo” desejando que sejamos felizes neste novo ano: conhecendo, aceitando, vivendo e perseguindo a vontade de Deus para as nossas vidas.
(Por Caroline Vieira)

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

SENHOR DO TEMPO


Hoje comprei uma pilha pro relógio lá de casa. Havia tempo que nosso relógio de parede estava parado, mas hoje, enfim, lembrei de comprar a pilha, e ele voltou a funcionar. Apesar de ter ficado sem exercer sua função, você sabe: o tempo não parou.
Observar a efemeridade do tempo é tão interessante. O segundo que gastei agorinha digitando essa palavra não volta mais. Apesar de passar tão rápido, ele nunca nos deixa, e às vezes torna-se um deus, com d minúsculo. O tempo controla nossas vidas, e quantas vezes nos sentimos presos a ele, como confinados em uma imensa ampulheta. Nossa vida corrida, nossos muitos afazeres, reuniões, atrasos, voos, passeios, compromissos e mais compromissos, tudo cuidadosamente controlado. Esse stress nos atrapalha. Precisamos parar para simplesmente ver o tempo passar. E os fins de ano são bons para isso.
Em um segundo, uma grande cortina se fecha e abre-se um novo show, tão desconhecido mas tão esperado. Quem o delimita? Ah, o nosso amigo tempo. Amigo ou inimigo? Venhamos ou convenhamos, ele nem sempre é nosso amigo, mas nessas passagens de ano sim, ele é nosso amigo. Abraços e mais abraços, congratulações enchem o nosso 1º de janeiro. Um novo sonho começa, um novo horizonte é aberto com seus desafios. Será que estamos prontos para enfrentá-los? Talvez. Há alguém que sabe. Não, não é o tempo, mas sim o Senhor do tempo. Todas as lutas, todas as escolhas, todas as vitórias e todas as derrotas, o nosso Deus, Soberano sobre o tempo, sabe. E ele colocará à nossa frente à hora certa para enfrentarmos da melhor maneira possível. Sua onisciencia mistura-se ao seu grande amor, que tic-tacs não podem contar nem medir. Aliás, ele é atemporal, sempre existiu e pra sempre será. Como somos limitados, não somos? Temos algo que mede nossa existência, mas Ele não, Ele é eterno.
Fins de ano são bons para meditarmos nossos erros e nossos acertos, para que não os cometamos novamente. Também servem para sermos gratos por tudo, tudo que Ele nos proporcionou vivermos. Tudo tem um sentido, basta pedirmos que Ele nos mostre os propósitos dEle para nós.
Que Jesus seja o Senhor do nosso tempo. Que possamos ser mais gratos ao nosso Pai que esse ano nos encheu tanto com Seu amor e principalmente com Sua misericórdia. Peçamos a Ele para que Ele nos ensine a ver Suas mãos agindo por nós nas pequenas e nas grandes coisas, em todo o tempo. Que tenhamos em mente que “para tudo há um tempo determinado debaixo do céu”, como disse o sábio Salomão, e que saibamos esperar o tempo de Deus para tudo. Que nossos planos não se percam no vento, em mais um ano sem realizações, mas que nesse ano que se inicia possamos correr atrás de nossos sonhos e realizá-los guiados por Deus. Que em 2011 saibamos aproveitar o tempo, fazendo o máximo para Deus, e principalmente, com Deus, pois sem Ele nada podemos fazer. Que nossa sede pelo conhecimento aumente a medida que passam-se tão rápidos os segundos e que nosso relacionamento com Ele cresça, rumo à perfeição. Aproveitemos 2011, para a glória do nosso amado Jesus, Senhor do tempo, lembrando que a qualquer momento Ele vem!
(Por Luiz Pereira)